Oitenta e oito mortes
Por José Antônio
A secretaria de saúde do município de Cajazeiras divulgou nesta última quarta-feira que 88 pessoas já haviam falecido de coronavirus em Cajazeiras, tem 198 sendo monitoradas, 173 em isolamento domiciliar, 68 em análise e 4.307 confirmadas. Um dado que nos chama a atenção é que 4.036 pessoas infectadas já foram recuperadas.
Vivemos uma crise dentro da crise. Procuramos respostas para este terrível momento em que vivemos e não estamos as encontrando. Muitas são as incertezas e desencontros no combate à pandemia do covid 19 em nosso Brasil.
O cenário que vislumbramos é muito complexo e heterogêneo. Os cientistas têm encontrado inúmeras dificuldades, muito embora o vírus seja o mesmo, mas as condições ambientais, demografia, estrutura e organização dos centros urbanos, a cultura do povo, o regime político, os hábitos, as políticas públicas e os próprios serviços de saúde podem mudar em cada recanto do mundo.
O problema do combate à pandemia é tão complexo e difícil, basta olharmos o que acontece dentro do nosso próprio Brasil, onde constatamos as várias modalidades de solucionar o problema, principalmente devido às divergências políticas. A pandemia pode ser igual nas dores dos indivíduos e da família, mas na visão dos que a combatem existe inúmeras divergências.
Mas o fato é que a pandemia vem afetando de maneira profunda e cruel a vida das pessoas, as suas atividades e principalmente as suas relações. Observamos uma tensão política crescente, que poderá desencadear em uma deteriorada situação econômica e um índice de desemprego sem precedente na nossa história.
Aonde vamos parar? Aonde vamos chegar? Quando isto vai acabar? São indagações que ninguém pode nos responder neste momento.
O mais difícil tem sido a conciliação entre o “fique em casa” e o trabalho e a cada dia tencionam as relações entre a ciência e o estado. As divergências políticas partidárias e do ponto de vista dos governantes, têm provocado um sério estrago na vida do povo brasileiro, incluindo aí as mais de 250 mil mortes.
Em Cajazeiras tem havido encontros e desencontros, idas e vindas. O povo só tem se resguardado mais quando morre uma pessoa com relevantes serviços prestados a cidade, mas por apenas alguns dias, mas logo depois as ruas voltam a se aglomerar de muita gente.
Estaria faltando uma campanha publicitária de grande alcance, com uma grande quantidade de informação, no sentido de orientar ao povo sobre a pandemia? Infelizmente grande parte da população fica propensa a aceitar como verdade aquilo que corresponde as seus valores e crenças.
Enquanto isto já morreu 88 pessoas e quase a certeza que outras irão morrer se não se cuidarem e seguir a risca as orientações e regras oriundas dos órgãos ligados ao combate do covid 19.
É esperar a vacina é o que nos resta.
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