Os 3 grandes setores da economia brasileira: Agricultura

Os 3 grandes setores da economia brasileira: Agricultura (Foto: Imagem ilustrativa)

Por Elan Nascimento Apolinário

Assessor de Investimentos credenciado à XP Investimentos

O Brasil é um dos principais produtores agrícolas do mundo. A agricultura brasileira é uma força significativa tanto em termos econômicos quanto em termos de produção.

O Brasil é capaz de cultivar uma grande variedade de produtos agrícolas devido à sua extensa área de terras aráveis e condições climáticas favoráveis. Isso inclui culturas como soja, milho, café, cana-de-açúcar, laranja, algodão, arroz, feijão, entre outros. Além disso, o país é um dos principais produtores mundiais de carne bovina, suína e de frango.

Investimentos em tecnologia e práticas agrícolas modernas têm aumentado a produtividade ao longo dos anos. Muitos dos produtos agrícolas brasileiros são exportados para mercados internacionais com destinos que incluem a China, União Europeia e outros países. Isso confere ao país uma posição significativa nos mercados globais de alimentos e commodities agrícolas.

O setor agrícola brasileiro tem investido em tecnologia e inovação para aumentar a eficiência e reduzir os impactos ambientais. Isso inclui o uso de biotecnologia, agricultura de precisão e práticas sustentáveis de produção.

Apesar do sucesso desse setor, há desafios a serem enfrentados, questões relacionadas à infraestrutura, mais pesquisas e investimento em tecnologia, questões ambientais e distribuição desigual de terras são pontos que precisam ser melhorados a partir de ações colaborativas envolvendo governo, produtores, empresas e mercado financeiro.

Por falar em mercado financeiro, no Brasil existem títulos de renda fixa específicos voltados para o setor do agronegócio, as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio). Ambos os títulos são uma forma de investimento que oferece aos investidores a oportunidade de aplicar seus recursos no setor agrícola, enquanto recebem uma remuneração baseada em juros.

As LCAs são emitidas por instituições financeiras, como bancos comerciais, bancos de investimento e cooperativas de crédito para captar recursos que serão destinados ao financiamento de atividades do agronegócio, como por exemplo, as linhas de crédito rural que os bancos oferecem. Ao comprar uma LCA, o investidor está emprestando dinheiro para a instituição financeira emissora, que se compromete a devolver o valor investido acrescido de juros ao final do prazo estabelecido.

Os CRAs são títulos emitidos por securitizadoras e lastreados em recebíveis originados de atividades do agronegócio, como a produção agrícola, pecuária, agroindústria, entre outras. Isso significa que os recursos investidos pelos detentores dos títulos são direcionados para projetos relacionados ao setor agrícola.

Tanto as LCAs como os CRAs têm isenção de imposto de renda para pessoas físicas residentes no Brasil, o que pode torná-los uma opção atrativa para investidores em busca de renda fixa, além de poder contribuir para o financiamento do agro brasileiro.

A agricultura desempenha um papel crucial na economia brasileira, contribuindo significativamente para o produto interno bruto (PIB) do país e proporcionando empregos e meios de subsistência para milhões de pessoas, especialmente em áreas rurais do país.

Em geral, nos últimos anos, a contribuição do setor agrícola para o PIB do Brasil tem sido em torno de 5% a 7%. No entanto, é importante ressaltar que essa contribuição pode ser maior em determinados anos, especialmente em anos de safra recorde ou quando os preços das commodities agrícolas estão favoráveis.

Além disso, o setor agrícola muitas vezes serve como um amortecedor contra choques econômicos, uma vez que a demanda por alimentos tende a ser mais estável do que a demanda por outros produtos em tempos de crise econômica.

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Elan Nascimento

Elan Nascimento é bacharel em Administração pela Universidade Federal de Campina Grande. Cursa Especialização em Mercado Financeiro e de Capitais pela PUC Minas e concluiu MBA em Investimentos e Asset Allocation pelo Grupo Primo. É servidor público e assessor de investimentos credenciado à XP Investimentos.
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