Triste recorde: Município completa um ano sem água nas torneiras; População vive a mercê de carros-pipa
Todas as criações de animais, assim como plantações e vegetações sofrem devido à estiagem. Consequentemente, a economia da cidade cai. Confira!
Na próxima segunda-feira (29), a cidade de Luís Gomes, no vizinho estado do Rio Grande do Norte completa um ano sem água nas torneiras e bate um triste recorde no Estado.
O colapso no sistema de abastecimento teve início em outubro de 2011 quando secou o açude Dona Lulu Pinto, principal manancial do município, deixando toda a população à mercê de carros-pipa.
Nos últimos 12 meses, os governos Federal, Estadual e Municipal disponibilizam juntos cerca de 300 mil litros de água tratada por dia para atender à demanda da cidade. Sem contar com os carros particulares que abastecem as residências por um preço médio de R$ 20,00, uma caixa com mil litros.
Todo esse líquido é transportado em caminhões-pipa que viajam mais de 100 km (entre ida e volta) e circulam dia e noite distribuindo em diversos pontos os milhares de litros para suprir a necessidade dos mais de 2 mil lares.
Atualmente as cisternas comunitárias estão com o abastecimento regular. As filas, que antes geravam confusões, estão mais controladas e mais educadas e as pessoas se adaptaram a um sistema de racionamento.
Entretanto, todas as criações de animais, assim como plantações e vegetações continuam sofrendo devido à estiagem. Consequentemente, a economia da cidade cai, afetando até o turismo do município.
Um exemplo de que na economia é a fabricação artesanal da rapadura, um subproduto da cana-de-açúcar, que teve queda superior a 90% por causa da seca. Segundo os donos de engenhos, as moagens não chegaram a 10% se comparadas há anos anteriores, e alguns produtores estão transformando os poucos canaviais que restam em ração animal para suavizar a fome do rebanho.
DIÁRIO DO SERTÃO com informações de Alguiberto Morais
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