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VÍDEO: ‘Importante para equilíbrio emocional”, diz professor ao falar da frustração na educação infantil

Ivo Lavor explica que o estabelecimento de limites e o "não" são estratégias fundamentais para o amadurecimento emocional das crianças

Por Priscila Tavares

30/06/2025 às 17h48

Na edição desta segunda-feira (30) da coluna semanal “Diário Educação”, o professor Ivo Lavor destacou a relevância da frustração como ferramenta pedagógica no desenvolvimento infantil. Lavor argumenta que o estabelecimento de limites e o “não” são estratégias fundamentais para o amadurecimento emocional das crianças.

O professor utilizou uma metáfora para ilustrar seu ponto: a sensação de segurança que uma parede oferece em um ambiente escuro. Ele explicou que, assim como a parede representa um limite físico que traz estabilidade, a frustração atua como um “limite importante para se equilibrar emocionalmente” no processo educativo.

“Nós aprendemos por dois polos: pelo prazer e pela frustração. E a frustração representa um papel muito mais importante, porque a frustração vai nos elevando no nosso desenvolvimento”, afirmou Lavor. Ele ressaltou que ceder às birras ou impedir que a criança lide com a frustração priva-a dessa “parede de segurança”, essencial para seu crescimento.

Lavor detalhou que, embora a frustração possa gerar medo, angústia e tristeza no momento, a manutenção de regras e  apoio do adulto permitem que a criança incorpore estruturas de maturidade em seu cérebro. Como exemplo, citou a situação em que uma criança se recusa a sentar, mas a necessidade da situação exige a ação. Ao ser conduzida e, mesmo chorando, a criança aprende a lidar com o desconforto, compreendendo que certas frustrações são suportáveis.

Segundo o professor, impedir a autorregulação natural das crianças as priva de oportunidades de desenvolvimento, resultando em indivíduos com menor estabilidade emocional, resiliência e capacidade de resolução de problemas no futuro.

Ivo Lavor também abordou a dependência emocional de pais que, ao cederem às frustrações dos filhos, buscam amor. Ele enfatizou que “o amor sincero da criança é para pessoas que têm firmeza e autoridade”, reiterando a necessidade e a importância da frustração.

Para além dos limites, o professor sugeriu a implementação de atividades que promovam a frustração construtiva. Ele exemplificou com uma atividade para crianças de 1 a 2 anos, que consiste em criar obstáculos simples, como barreiras de travesseiros ou fitas, incentivando as crianças a buscarem alternativas para superá-los e, assim, desenvolverem a capacidade de lidar com desafios.

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