VÍDEO: Heron Cid alerta para atuação de “bandidos de gravata”: “fazem menos barulho, não dão tiros”
Para o jornalista, ambos os tipos de crime — o violento e o sofisticado — devem ser combatidos com rigor. “É o desafio de atacar o bandido tradicional sem esquecer do bandido de gravata, porque os dois são igualmente perigosos"
Em comentário feito ao programa Olho Vivo, da TV Diário do Sertão, o jornalista Heron Cid destacou a atuação de facções criminosas e chamou atenção para outro tipo de crime organizado que ocorre nos bastidores da política e da gestão pública na Paraíba.
Segundo Heron, “em algum lugar da Paraíba nesse momento tem algum integrante de uma facção criminosa agindo, ou traficando, ou ameaçando, ou assaltando, ditando as regras, determinando quem entra e quem sai de determinadas comunidades”. Ele ressaltou que esse tipo de violência atinge desde a capital, João Pessoa, até municípios menores do interior, que se encontram “miseravelmente divididos em seus territórios”.
O jornalista comparou a atuação dessas facções com a de grupos que atuam na política e na gestão pública de forma ilícita: “Em algum lugar da Paraíba, nesses exato momento, tem um grupo de autoridades, de políticos, de gestores públicos ou de gente ligada a esse meio, tramando, conspirando, arquitetando como assaltar os cofres públicos. Eles fazem menos barulho, não dão tiros, não dão muita bandeira nas esquinas, nem agem com violência física, mas agem”.
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Heron Cid fez referência à fala do novo Procurador-Geral de Justiça da Paraíba, Leonardo Quintans, que destacou sua intenção de fortalecer os mecanismos de combate às facções e ao crime organizado. Segundo o jornalista, “o Ministério Público precisa ampliar a preocupação com esse crime organizado comum, entre aspas, transferindo essa mesma preocupação para o crime organizado mais sofisticado, o que não sai atirando por aí, nem vitimando pessoas ou assaltando na esquina”.
Para Heron Cid, ambos os tipos de crime — o violento e o sofisticado — devem ser combatidos com rigor. “É o desafio de atacar o bandido tradicional sem esquecer do bandido de gravata, porque os dois são igualmente perigosos e matam da mesma forma. Claro, que um tirando a segurança, tirando a paz e o outro matando esperanças e assassinando direitos. Aos dois tipos de bandido, importa aplicar duramente a lei, porque não adianta colocar o bandido comum atrás das grades e deixar o bandido de gravatas cuidando do nosso dinheiro”, afirmou.
A fala do novo Procurador-Geral de Justiça da Paraíba, Leonardo Quintans, que foi citada por Heron Cid, refere-se a uma entrevista concedida pelo jurista ao próprio jornalista, no programa Hora H, na TV Norte Paraíba.
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