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VÍDEO: 83% das menções sobre a PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas; Hugo Motta é o mais citado

O texto-base da PEC da Blindagem, que dificulta a abertura de processos criminais contra deputados federais e senadores, foi aprovado na Câmara, mas a tendência é que ela seja barrada no Senado

Por Luis Fernando Mifô

21/09/2025 às 11h21 • atualizado em 22/09/2025 às 16h54

83% das menções de internautas sobre a PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas, é o que aponta uma pesquisa do instituto Quaest divulgada neste sábado (20). Outros 17% são favoráveis à proposta aprovada na Câmara na última terça-feira (16).

O texto-base da PEC da Blindagem, que dificulta a abertura de processos criminais contra deputados federais e senadores, foi aprovado na Câmara, mas a tendência é que no Senado ela seja barrada.

Após o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), enviar a proposta para análise na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o presidente da Comissão, senador Otto Alencar (PSD-BA), já se posicionou publicamente contra e disse que o projeto vai atrair facções criminosas, como o PCC, para a política.

A PEC da Blindagem estabelece as seguintes condições para um parlamentar ser investigado:

  • Só há prisão ou investigação de deputado ou senador com aval do Congresso;
  • Tem de ser feita uma votação secreta para decidir se a investigação ou prisão é autorizada;
  • O STF (Supremo Tribunal Federal) tem de pedir permissão para abrir processo contra deputado ou senador;
  • Só o Supremo pode determinar uso de tornozeleira eletrônica e apreensão de passaporte. Juízes e desembargadores estão proibidos;
  • A polícia tem 24 horas para enviar os autos da prisão em caso de flagrante, acelerando a chance de sair da cadeira;
  • Presidentes de partidos têm os mesmos direitos que deputados e senadores.
Hugo Motta - Foto - Bruno Spada-Câmara dos Deputados

Presidente da Câmara, Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Alvos de críticas nas redes

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a própria Casa são relacionados em 46% das menções. Em 28% das publicações, o foco está em manifestações contrárias à PEC, com 12% citando a participação de artistas em atos nas ruas. Já o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são mencionados em 15%.

Segundo a Quaest, parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impulsionaram postagens críticas que nomearam a proposta como “PEC da Bandidagem”. Influenciadores de esquerda, por sua vez, reviveram a frase “Congresso inimigo do povo”.

Os defensores da proposta endossaram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e relembraram decisões contrárias à Operação Lava Jato. Internautas alinhados à direita publicaram, em massa, que a PEC é a única alternativa para barrar supostos excessos da Corte.

Protesto em todo o país

Neste domingo ocorrem manifestações contra a PEC da Blindagem e a PEC da Anistia em diversas cidades do Brasil e no exterior. No Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, artistas de grande influência nacional marcaram presença, a exemplo de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan, Paulinho da Viola, entre outros. Em João Pessoa, os protestos acontecem no Busto de Tamandaré, na Praia de Tambaú, também com presenças de artistas locais.

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