VÍDEO: Advogado repudia “brincadeiras” em casamentos católicos e explica que cerimônia pode ser suspensa
Renato Abrantes conta que ele próprio, quando era padre em Cajazeiras, suspendeu um casamento para que os noivos recomeçassem "do zero" o processo da habilitação matrimonial
Na coluna Direto ao Ponto dessa segunda-feira (13), o advogado Renato Abrantes fez um alerta sobre a recorrência de “brincadeiras” durante cerimônias de casamento na igreja católica, cujo aparente motivo seria dar um tom cômico ao momento, mas que pode ser motivo até para suspensão do processo para que ele seja reavaliado. “O matrimônio não é mero ato social ou espetáculo festivo, é um sacramento”, destaca o colunista.
Renato considera um “fenômeno preocupante” as celebrações matrimoniais litúrgicas marcadas por “encenações de gestos com gosto duvidoso” que podem ser entendidos como sinais de que o casamento não está ocorrendo com liberdade e consciência plenas de uma das partes, ou então a “brincadeira” está causando constrangimento. Ele cita, como exemplo, cartases com frases como “corre que ainda dá tempo”, noivos algemados “de brincadeirinha” ou apelos cômicos pedindo “socorro”.
“Embora muitos encarem isso como uma mera brincadeira, na verdade, do ponto de vista jurídico-canônico e também pastoral, elas são extremamente perigosas. No momento exato da troca do consentimento, qualquer elemento que indique falta de liberdade ou induza a um constrangimento público, pode configurar vício invalidante. E aquilo que era uma mera piada, pode transformar a celebração em um ato nulo, uma farsa revestida de solenidade”, explica.
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“Se durante o rito, surgirem sinais de auxência de liberdade ou, o que é pior, de simulação, o ministro tem o dever grave de interromper a cerimônia”, acrescenta Renato, ao destaca o papel do padre nesse momento.
Renato Abrantes conta que ele próprio, quando era padre em Cajazeiras, suspendeu um casamento para que os noivos recomeçassem “do zero” o processo da habilitação matrimonial “para verificar se, de fato, eles eram livres para um ato tão sério na vida deles e da comunidade”.
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