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VÍDEO: Justiça declara ilegal greve da Saúde em Campina, e sindicato repudia prefeito: “Um ato covarde”

Presidente do Sintab classifica a ação do Município na Justiça como "ato covarde" do prefeito Bruno Cunha Lima e afirma que a gestão municipal é um "desastre"

Por Luis Fernando Mifô

13/11/2025 às 15h44 • atualizado em 13/11/2025 às 15h48

Logo após os servidores da Saúde de Campina Grande aprovarem greve por tempo indeterminado na manhã desta quinta-feira (13), o desembargador Joás de Brito Pereira Filho atendeu ao pedido do Município e deferiu uma liminar declarando ilegal a paralisação, determinando que ela seja suspensa imediatamente. Caso seja mantida, será aplicada multa diária de R$ 100 mil.

Na ação judicial, a Prefeitura alega que os salários dos servidores efetivos estão em dia e que não há pendências financeiras que justifiquem a paralisação.

“Apesar do direito de greve ser constitucionalmente assegurado aos servidores públicos, a liminar ressaltou que esse direito encontra limites quando se trata de serviços essenciais, como a saúde pública. Foi enfatizado que o exercício do direito de greve deve respeitar o cuidado com a população, principalmente quando está em jogo o direito fundamental à vida e à saúde. Por isso, a Justiça determinou que o sindicato responsável suspenda imediatamente a greve, sob pena de multa diária de cem mil reais em caso de descumprimento”, afirma a Prefeitura de Campina Grande.

Hoje, no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), Napoleão Maracajá, classificou a ação do Município na Justiça como um “ato covarde” do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) e afirmou que a atual gestão municipal é um “desastre”.

“É um ato covarde de quem não tem capacidade de liderar, não tem capacidade de sentar à mesa, de chamar o diálogo. É um ato de quem mostra que não está apto para o cargo. E todos aqueles que construíram esse mandato dele são também corresponsáveis por esse desastre”, disse o sindicalista.

Servidores da Saúde de Campina Grande deflagram greve por tempo indeterminado (Foto: Reprodução)

Os servidores da Saúde deflagraram greve em razão de recorrentes atrasos no pagamento da folha salarial por parte da Prefeitura. Eles cobram a criação de um calendário fixo de pagamento dentro do mês trabalhado e também relatam falta de medicamentos, materiais básicos, equipamentos de proteção e outros insumos nas unidades de saúde.

“Possivelmente, nós estamos vivendo, em Campina Grande, o pior momento da história dos servidores. Para vocês terem uma ideia, em novembro completou um ano em que todos os meses os servidores da Saúde não sabem o dia que vão receber, ou seja, não tem caledário de pagamento. Por coincidência, essea traso começou depois da eleição que reelegeu o prefeito de Campina Grande”, acrescentou Maracajá.

O sindicalista afirma, ainda, que o prefeito Bruno Cunha Lima “sumiu” após as eleições e não dialoga com a categoria. “Tem salário atrasado, tem sofrimento, tem cobrança de juros, mas você não pode reclamar, porque o prefeito leva os trabalhadores ao tribunal. Não dialoga, se esconde, os secretários não têm autonomia para resolver nada, são reuniões cansativas, sem objetividade, sem resolutividade, e está aí um desastre. A greve não é só pelos salários, é também pela população, porque falta o básico do básico nas unidades de saúde”, destaca o líder do Sintab.

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