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Secretaria da Saúde divulga novo boletim da dengue, zika e chikungunya

De acordo com o boletim, até a 47ª SE foram registrados 108 óbitos suspeitos por arboviroses.

Por Priscila Belmont

12/12/2016 às 17h06

Aedes aegypti (Foto: James Gathany/PHILL, CDC/VEJA)

A Secretaria de Estado da Saúde, Ses, por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, divulgou, nesta segunda-feira (12), o boletim da dengue, zika e chikungunya, da 47ª Semana Epidemiológica, referente ao período de 1º de janeiro a 24 de Novembro de 2016. Foram notificados 44.014 casos de dengue na Paraíba, um aumento de 66,40% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram registrados 26.450 casos. Foram notificados ainda 20.501 casos de Chikungunya e 4.722 casos com suspeita de Zika Vírus.

“A sinalização de casos suspeitos é uma forma de manter os profissionais de saúde em alerta para o agravo, contribuindo para o desencadear das ações de assistência à saúde, vigilância epidemiológica e ambiental, que são imprescindíveis para o controle da doença no território”, disse a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.

De acordo com o boletim, até a 47ª SE foram registrados 108 óbitos suspeitos por arboviroses (doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya), sendo 28 confirmados por Chikungunya e sete por dengue.

De acordo com Renata Nóbrega, para esclarecimento da causa morte e identificação do perfil dos óbitos, é necessário realizar as investigações no âmbito ambulatorial, domiciliar e hospitalar, utilizando o Protocolo de Investigação de Óbitos por Arbovírus Urbanos no Brasil (Dengue, Chikungunya e Zika), instituído pelo Ministério da Saúde no dia 13 de junho de 2016. “Portanto, a responsabilidade pela investigação é dos municípios, cabendo às Gerências Regionais de Saúde e ao Núcleo das Doenças Transmissíveis Agudas – SES/PB o apoio e acompanhamento junto aos municípios”, explicou.

“Diante da situação de óbitos, a Secretaria de Saúde do Estado recomenda a todas as Secretarias de Municipais de Saúde intensificar as orientações sobre sinais e sintomas de dengue, chikungunya e zika e, em caso de adoecimento, o usuário deverá procurar, imediatamente, a Estratégia de Saúde da Família – ESF ou serviço de saúde mais próximo. Destacamos que a estratégia mais efetiva para evitar os óbitos é a detecção precoce dos casos suspeitos combinado com o manejo clínico adequado do paciente, de acordo com o agravo”, falou.

Monitoramento de gestantes – A SES, por meio do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA), a partir da publicação da Portaria Nº 204, em 17 de Fevereiro de 2016, que instituiu a notificação de todo caso suspeito de zika, realiza o monitoramento dos casos notificados de gestante suspeitos de Doença Aguda pelo Zika Vírus. Até o momento, de 3 de Janeiro a 5 de novembro de 2016, foram notificados 242 casos em gestantes.

Situação da Vigilância Ambiental – No período de 24 a 28 de outubro de 2016, foi realizado o 3º levantamento de índices, para avaliar a infestação predial pelo Aedes aegypti, por meio do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) e LIA (Levantamento de Índice Amostral do Aedes aegypti ), este último, para municípios que possuem até 1.999 imóveis, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, desde 2003.

Dos 223 municípios paraibanos, 218 realizaram os levantamentos. De acordo com esses dados, 28 municípios, atualmente, estão em situação de risco para ocorrência de surto; 123 em situação de alerta e 67 em situação satisfatória. Cinco municípios não informaram o seu levantamento.

Ao término de cada levantamento de índices, a análise desses dados e a sua discussão com o grupo técnico envolvido, deve se iniciar imediatamente, pois existe um indicador entomológico que fornece informações valiosas para o direcionamento das atividades de controle do vetor da dengue, que se constitui nos recipientes existentes, isto é, aqueles com condições de acumular água e aqueles com larvas de Aedes aegypti.

Os recipientes mais frequentemente encontrados são vasos e pratos de plantas, inservíveis como latas, potes e frascos, garrafas e aqueles não removíveis como piscinas, bebedouros de animais, lonas e outros de utilidade para o morador. Pneus e caixas d’água apresentaram maiores percentuais de positividade para Aedes aegypti em relação aos outros tipos. É fundamental a divulgação e produção de informes técnicos desses resultados do LIRAa e LIA, na mídia local.

Secom

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