152 anos de Cajazeiras
Por Lenilson Oliveira
152 anos de emancipação política de uma cidade que tem sua história de lutas remontada ao século XVIII, com os ancestrais do padre Inácio de Souza Rolim, que viria a ser um dos homens de maior destaque nacional no seu tempo, como religioso, educador, gramático e pesquisador, merecendo, inclusive, o epíteto de “o Anchieta do Nordeste”, em alusão ao colégio do jesuíta, originário da cidade de São Paulo, ao lado de igrejas e outros equipamentos comunitários, tal qual ocorreu em Cajazeiras, “a cidade que ensinou a Paraíba a ler”, como a cognominou o grande tribuno Alcides Carneiro.
Em toda a sua trajetória, Cajazeiras se fez diferente por uma natureza própria dos outros povoamentos que se formavam no interior nordestino, muito pela força de trabalho e visão humanista e futurista, ainda com um pé no Iluminismo, do padre Rolim e sua escola da Serraria, abrindo novas perspectivas para as crianças em idade escolar das redondezas e de outras localidades, cujos pais confiavam a educação e formação mesmo ao filho de Vital de Souza Rolim e Ana Francisca de Albuquerque, responsáveis pelas primeiras casas do lugar.
Um quê de romantismo na origem de Cajazeiras não pode ser negado, desde a decisão de Vital e Ana irem morar com os filhos no Sítio Serrote, de propriedade do pai dela, e, como desbravadores, se instalarem e incentivarem a formação de um ainda tímido conglomerado humano, sobretudo com os parentes que iam trabalhar na fazenda, cuja casa grande era o miolo e centro irradiador de todas as atividades.
Essa história continua se confundindo e se misturando até os dias de hoje, quando a principal força motriz da economia da cidade continua sendo a educação, pelos seus inúmeros cursos superiores e de ensino médio, atraindo milhares de estudantes, professores e outros profissionais de toda a região e de outros Estados, movimentando os setores de comércio e serviços.
O aumento populacional, causando a expansão da cidade e aquecimento do setor de construção civil e, como complemento natura, a “especulação imobiliária”, também advém muito por conta disso: a cidade cresce e precisa se adaptar para receber os novos moradores, inclusive professores e profissionais liberais que resolvem se estabelecer com suas famílias.
Parabéns, Cajazeiras!
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