A convivência de vida a dois

Coluna de Francisco Inácio Pita - Foto de Alicia Zinn - reproduzida via pexels.com

Francisco Inácio Pita – A convivência de vida a dois não significa a perfeição entre ambos, mas um convívio ideal entre duas pessoas para viver unidas, podendo ou não construir família e ter uma vida em paz com Deus, consigo e com a sociedade. O casal, quando recebe a bênção na igreja, está tomando uma grande decisão, o padre ou pastor abençoa em nome de Deus e os dois passam a ser uma só carne para viver uma só vida em função dos dois.

Para um casal viver bem, precisa de muitos detalhes e renúncias, nunca mais devem pronunciar as palavras eu e meu, têm a obrigação de falar o nosso, o nosso carro, a nossa casa, nossa fazenda etc. A vida em comum, com o passar dos dias, se torna repetitiva e os casais precisam criar novas situações para viver bem. O perdão deve estar em primeiro lugar, principalmente quando um ou o outro comete erros comuns, o bom planejamento no que vão fazer também ajuda muito na convivência a dois. A concordância entre o casal também proporciona felicidades para os filhos, se existir filhos. Esta boa convivência entre o casal aparece dentro da sociedade através de seus descendentes.

Todo par conjugal precisa de muito amor, este ponto é primordial para a felicidade. O amor é demonstrado em todas as ações do nosso dia a dia. É na maneira de um tratar o outro, de conviver como casal, respeitar as opiniões, entender as diferenças, procurar fazer sempre à vontade do outro de forma que não alienada, mas que mostre amor e respeito um pelo outro. Um não pode explorar o outro, precisa de muita compreensão e assim se tem um verdadeiro amor.

Na época de hoje, muitos casamentos são desfeitos na maior rapidez, devido à falta de compromisso com os mandamentos sagrados, a agilidade para casar são fatores que proporcionam estas faltas. Muitos começam a namorar e, em menos de 30 dias, já praticam sexo sem se conhecerem bem, vem uma gravidez e, como forma de satisfazer a sociedade, se casam. Acontece que sem amor nenhum casal vive bem, do nada aparece uma confusão e a pequena paixão entre eles se vai e vem de forma rápida à separação.

Deus criou o mundo e, por último, criou o homem. E achando que não estava bom para o homem viver só, mandou para ele um profundo sonho e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma costela do lado do coração e fez a mulher. Deus podia ter feito a mulher de qualquer outra coisa, mas fez da costela do homem para que os dois fossem carne da mesma carne. Deus fez o homem e a mulher, abençoou e disse: multiplicai e submetei a Terra e reinai sobre todas as coisas do mundo (Gênesis).

Deus construiu um plano de amor para os dois, uma forma de afeto puro, dominada de paz e harmonia. Um casal não deve viver brigando na presença dos filhos, quando isso acontece, produz traumas. O bom relacionamento entre os pais proporciona felicidade a todos em sua residência. Está comprovado que na morada onde há desavença direta, os filhos são mais problemáticos nas escolas, na sociedade, etc.

O Senhor Deus não fez a mulher da costela do homem para ele se achar o dono dela, mas para amá-la eternamente. O homem precisa saber que a sua esposa não é uma empregada, e sim a sua companheira fiel. Sabemos que tem esposa ruim, mas a falta de diálogo entre o casal pode acarretar eterna desarmonia. O casamento é para sempre, nós não juramos ao padre, ao pastor e às testemunhas que presenciaram o nosso casamento, mas ao próprio Deus que está presente na hora da cerimônia matrimonial e vai permanecer sempre entre o casal, mas é preciso que os dois vivam em comum acordo, assim sendo, Deus permanece para sempre entre eles.

Quando o casal se respeita, tudo tende a permanecer em paz. Bom é lembrar que viver em harmonia produz felicidade para os dois e para toda a família. A concórdia entre o casal tem um preço, mas não é tão alto da forma que parece, pelo contrário, é muito compensador. Todo casal precisa lembrar que casado é casado e solteiro é solteiro, nada de compreender que pode tudo. Ambos têm a mesma responsabilidade de preservar o casamento, para evitar o pecado e, na prática, vêm a sua própria infelicidade. Quando um casal briga, está prejudicando a sua própria vida e deixando Jesus sentido, espanta o espírito que ilumina o homem e a mulher nos seus afazeres do dia a dia. Quando o casal é muito novo, às vezes pensa em viver a vida, principalmente o homem, que muitas vezes avalia que é o dono da razão. A felicidade conjugal depende dos dois, não importa a idade do casal.

Mote: casar não é brincadeira
como muita gente pensa.

O casamento é um dom
dado por nosso senhor
precisamos do amor
para não sair do tom
pra mim tem um som
e uma boa recompensa
tem muita gente que pensa
que casar é uma besteira
casar não é brincadeira
como muita gente pensa.

Quando há compreensão
casar tem sua valia
Jesus é o nosso guia
com muito amor e paixão
está em nossa ação
outro até lhe dispensa
se Jesus marca presença
se vence qualquer barreira
casar não é brincadeira
como muita gente pensa.

Eu gostaria de lembrar
para ter boa união
precisamos de atenção
e um ao outro amar
nunca deixar de lembrar
que perdoar compensa
a união se torna imensa
e segue na linha ordeira
casar não é brincadeira
como muita gente pensa.

Todo casal as vezes briga
tudo não é perfeição
mais com a compreensão
o amor tem bom abrigo
sai da reta do perigo
e o que não presta dispensa
já sente que recompensa
viver a vida verdadeira
casar não é brincadeira
como muita gente pensa.

Eu quero finalizar
com muita compreensão
tendo de Deus a visão
de que é bom amar
devemos sempre lutar
com a paz nunca imprensa
nem aperta como a prensa
sua linha é verdadeira
casar não é brincadeira
como muita gente pensa.

Muito obrigado a todos e até o próximo encontro.

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Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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