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Reudesman Lopes Ferreira

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A história é essa

24/12/2020 às 14h21

Coluna de Reudesman Lopes

Por Reudesman Lopes

O ano é 1970 e lá estava eu na Rodoviária Antônio Ferreira que na época era point de passeio e de encontros de jovens desta cidade. Pois bem, atento as meninas que passeavam para lá e para cá, de repente vejo aquela jovem, era Edinilza, cabelos compridos bem bonitos, arrumadinha, ai quando nos olhamos foi como uma flechada do cupido. O coração bateu desesperado, olhei para um canto e outro como dizia, é essa, é ela. Naquela noite ainda no calor da emoção nos vimos mais algumas vezes e cada vez que a via o coração disparava e, o melhor, os olhares se correspondiam. Mas, logo eu, um eterno namorador, como podia isso está acontecendo? Só que aconteceu. O bom foi que esse dia que nos vimos pela primeira vez era uma sexta feira e no domingo começava o Carnaval, só que naquele tempo o meu período de momo se resumia aos matinais lá no Clube 1º de maio. No domingo, me aprontei todo e fui ao matinal, fiquei em pé na parte de cima do clube e quando olho lá vem ela, Ediniliza, o coração foi a mil, ela olhou, deu sorriso, ai vi que tinha algo para acontecer entre nós. Passamos muito tempo só no olhar e na “paquera”, mas, em setembro de 1970 o namoro começou, o primeiro encontro foi no cinema, no Cine Pax.

Começava o namoro, a cada dia aumentava o apego entre nós, uma tarde resolvi ir na casa dela na Rua Tenente Arsênio, cheguei lá e fui recebido pela sua mãe que depois tornou-se uma mãe para mim também, sentei numa cadeira de balanço e vi Nilma passar por detrás desta com uma lata de doce, era as boas vindas para o futuro genro. Faltava me mostrar ao tenente Hermínio, nem precisou, um dia vínhamos pegado um na mão de outro e demos de cara com ele, a mão de Edinilza gelou: “Paim vai me pegar”, pegou, na manhã seguinte o tenente disse: “Vi você com aquele rapaz pegado na mão”. Foi só. Tempos depois, ele foi para mim como um pai, um amigo, um conselheiro e jamais o esqueço. Como me sinto orgulhoso de repassar essa história, momentos inesquecíveis que os guardo dentro do coração, a família de Edinilza foi e será sempre uma extensão da nossa. Mas, eis que chega o grande dia, aquele que tanto esperávamos de forma ansiosa e digo mais, bem planejado, é o nosso casamento e ele aconteceu no dia 27 de dezembro de 1980, após uma década de namoro e noivado e, ambos com os seus respectivos diplomas de graduação, nos casamos em João Pessoa na Igreja em Cruz das Armas em uma cerimônia muito simples, porém, com presenças de amigos irmãos e dos nossos familiares.

Vida nova que se iniciava cheia de desafios, mas, já tínhamos uma lista de prioridades para que chegássemos até aqui e, nesta lista, os sonhos que aos poucos foram se tornando reais, tudo graças ao nosso compromisso firmado no amor, respeito e união. A primeira casa que moramos na Rua Pedro Américo, foi alugada ao senhor Augustinho e dona Terezinha Cavalcanti, sim, eles, os pais do meu amigo irmão Ivan Cavalcanti que hoje reside lá no céu. Hoje ao completarmos 40 anos de casados temos muitas histórias a contar de um profundo amor que sinto por Edinilza. O que queríamos e sonhávamos que acontecesse, de verdade, e com as graças de Deus, aconteceu, formamos uma família linda onde a base é o amor, o carinho e o respeito que nutrimos uns pelos outros. Os filhos foram chegando, nasceu Maíra, depois Maitê e o “caçula” Marcel. Começaram os verdadeiros desafios que era lhes dar a educação que recebemos de Osmídio e Nazareth Lopes, Hermínio e Maria (Nem), muita determinação e assim o vimos vitoriosos em suas realizações, um presente para nós. Agora, passados esses 40 anos, chega a hora de vermos os netos e a neta ao nosso redor, o amor irradiando e iluminando a nossa casa quando temos todos juntos. Ganhamos mais dois filhos, Emanuel e Fernando, e mais uma filha, Cili, são os genros e a nora. Chegou Bernardo, depois Maria Fernanda, Théo, Max e Martim, quatro netos e uma neta. A família sempre foi sagrada para nós e isso foram lições que aprendemos dos nossos pais, ela sempre foi e será nossa prioridade e disso jamais abrimos mão. Mas, esse momento em que estamos a comemorar nossas “Bodas de Esmeralda” ele tem um significado especial, de agradecimento a Deus, esse sim, nosso pai maior, senhor de nossos atos e ações, aquele que ilumina nossas escolhas e nos guia pelos caminhos da vida, por isso, lhe sou eternamente grato e reconhecido pelos presentes que ele me ofertou que são essa família que nós a construímos. Meu senhor meu Deus, meu senhor Jesus Cristo filho de Deus, Nossa Senhora Mãe de Deus, obrigado pela nossa família, pela vida e, que sejamos eternamente abençoados.

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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