A lição da Paraíba
Passadas as eleições em dois turnos deste histórico outubro de 2014 e, a partir das revelações das urnas, poderíamos ser bem mais abrangentes, falando em “A lição do Brasil” ou “A lição do Nordeste”, mas vamos nos ater à nossa pequenina – mas agigantada – Paraíba, quando se trata de defender as suas causas mais urgentes.
Para o Palácio da Redenção, com a disputa polarizada desde o início da campanha pelos ex-aliados, o atual governador Ricardo Coutinho (PSB) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), com a diferença de pouco mais de 28 mil votos, em favor do tucano, no primeiro turno, num universo de mais de 2.834 mil, o tom do acirramento das ideias e da guerra por apoios e eleitores para o segundo e decisivo “round”, quando as diferenças entre os dois e entre seus projetos de governo ficaram mais claras para todos, tanto pelos seus discursos, participações em debates, marketing direto, guias eleitorais, defesas e discussões entre simpatizantes e defensores nas redes sociais e nas esquinas.
No segundo turno, o candidato à reeleição, Ricardo Coutinho, parece ter sido mesmo mais contundente e convincente, sobretudo com as adesões e engajamento na campanha de lideranças como José Maranhão, Vital e Veneziano do Rego (PMDB), deputados eleitos, prefeitos e outras lideranças políticas, conseguindo suplantar o adversário em 117 dos 223 municípios do Estado.
Contudo, a lição da Paraíba não está só comparecimento às urnas para consagrar a reeleição do atual governador socialista, mas na soberania da votação da presidente Dilma Roussef (PT) nos dois turnos, comprovando que não queria as mudanças pregadas por Aécio Neves (PSDB) ou voltar aos anos difíceis do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mesmo com uma boa parcela da população simpatizando e defendendo a ideia, por um ou outro motivo, que não nos cabe julgar, como também os motivos dos que abraçaram a manutenção do projeto de governo popular e petista, que irá para os seus 16 anos, iniciado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as eleições de 2002, após três tentativas frustradas, logo após a redemocratização do Brasil.
Essa “lição”, de alguma forma nos remete ao “Nego” da bandeira paraibana, dito por João Pessoa ao ex-presidente Washington Luiz, que, em 1929, quis impor a candidatura de Júlio Prestes para sucedê-lo.
Portanto, nos orgulhemos todos, vermelhos, laranjas e amarelos, da nossa Paraíba, que mais uma vez fez história!
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