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Fernando Caldeira

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Anísio ou Dilma?

09/03/2013 às 12h27

A distância a separar politicamente Anísio Maia e Dilma Roussef é, sabemos, gigantesca. Enquanto esta é Presidenta da República, aquele exerce o mandato de deputado estadual pela Paraíba. No entanto, há algo em comum entre eles: ambos são do Partido dos Trabalhadores (PT). E em que pese este fator, são personalidades díspares no conceito que têm do governador Ricardo Coutinho (PSB).

Enquanto o deputado não economiza nas críticas ao mandatário paraibano, Dilma Roussef, diferentemente, não perde oportunidade de considerá-lo, publicamente, um aliado.

Pelo menos foi assim na sua primeira, meteórica e recente passagem pela Paraíba quando, “pisando em ovos” para não melindrar seus pupilos petistas, Dilma Roussef classificou o Governador paraibano de aliado.

Às vésperas do pleito em que buscará a reeleição, a Presidenta sabe quanto custoso será o embate eleitoral em que poderá enfrentar concorrentes de peso a exemplo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), da ex-senadora Marina Silva (sem partido-AM) e, quem sabe, do Governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).

Por isso, e principalmente pela possibilidade de ter o executivo pernambucano abrindo dissidência em sua base aliada para concorrer à Presidência da República, é que Dilma não só trata os socialistas como aliados, como precisa que seus correligionários e partidários façam o mesmo. Afinal, maior que qualquer projeto político de poder petista, está a manutenção da Presidência da República em suas mãos.

E mesmo sendo um eleitorado pequeno em relação ao universo eleitoral para essa disputa, a Paraíba está inserida neste ‘jogo’ em que ganha quem tiver mais votos. Desta forma, nenhum concorrente pode desprezar seja este ou qualquer outro Estado da federação.

Mas parece que dilmistas de carteirinha na Paraíba, entre eles Anísio Maia, pouco se importam com a reeleição de Dilma e, portanto, do próprio partido. Ao se colocar como ferrenho adversário de Ricardo Coutinho, o PT paraibano apenas estimula uma candidatura socialista ao Palácio do Planalto na figura de Campos, aliado e presidente nacional do PSB.

Na contramão do caminho traçado pela Presidenta para continuar no comando da nação, o que transparece é que o PT paraibano dá mais importância à disputa paroquial da Paraíba do que ao projeto político de continuidade de poder da legenda a nível nacional.

Se amanhã ficar confirmada a candidatura Eduardo Campos à Presidência do Brasil, saibam todos que muito contribuiu para essa dissidência na base aliada de Dilma, entre outros, o PT da Paraíba que, olhando tão somente para o próprio umbigo perde a visão holística da política nacional.

acesse: www.fernandocaldeira.com.br


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

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Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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