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Francisco Inácio Pita

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As gestões brasileiras e as ações erradas do povo

04/11/2025 às 12h19

Urna eletrônica - imagem ilustrativa - © Fábio Pozzebom/Agência Brasil

Por Francisco Inacio Pita – As gestões brasileiras do poder público passam por diversos momentos de contradição quando fazemos um verdadeiro relacionamento do que foi prometido pelos políticos nas campanhas e o que vem sendo executado em favor da própria população. Triste é lembrar o pouco interesse da própria comunidade no momento de enfrentar os concorrentes nas eleições: municipal, estadual e federal.

Nas comunidades rurais, por meio das redes sociais, faz-se vários comentários negativos e direciona críticas contra os gestores, mas, no período de campanha, quando eles vão visitar as comunidades que criticam as suas ações, isso no período de campanha eleitoral, não faltam os que os recebem de braços abertos e fazem até um almoço ou um jantar recheado de galinha de capoeira e outros sabores que dá prazer em saborear.

Muitos políticos confundem a política com politicagem. A maioria dos gestores passa o mandato inteiro no palanque, perseguindo seus adversários, utilizando-se de ações até de baixo nível para atacar seus opositores. Essa ação é considerada um verdadeiro analfabetismo político ou um desvio do verdadeiro objetivo de um administrador, que deve governar para o povo em geral e não apenas para seus eleitores.

A maioria dos desmandos administrativos é responsabilidade indiretamente do próprio povo, que muitas vezes se vende durante as eleições por benefícios irrisórios, como materiais de construção, pneus para carros e motos, dinheiro em espécie e outros benefícios paliativos que não levam a nada.

As leis proíbem, mas o próprio povo não denuncia e os políticos, na sua grande maioria, depois de eleitos, continuam administrando para os seus apadrinhados. Muitos passam o mandato inteiro contraindo bens e utilizando-se de laranjas da própria família ou de amigos para não despertar os órgãos fiscalizadores. Permanecem no poder por vários anos fazendo as maiores negociatas desonestas.

Nas campanhas, os eleitores recebem as ofertas e muitos não imaginam o tamanho do erro que estão cometendo; políticos corruptos praticam estes atos sem a menor timidez. O eleitor recebe e fica mais um mandato sem ser beneficiado, enquanto os hospitais, escolas, setores da agricultura e outros continuam sem condições adequadas de funcionamento.

Os projetos comunitários ainda são a forma mais ideal de solucionar todos esses problemas, infelizmente, vão quase todos de água abaixo, porque não têm direcionamento e quase ninguém para gerenciar esses projetos e nem tão pouco quem cuide com responsabilidade.

Na maioria das localidades rurais em que há atuação das associações comunitárias, alguns presidentes dessas agregações, quando existem, se aliam aos corruptos administradores que não têm compromisso com o povo. Vemos que a maioria dos gestores comunitários nem se preocupa com as comunidades que representam. E alguns presidentes de comunidades se aliam aos gestores para se beneficiar do “toma-dá-cá”. São beneficiados como assessorias ou cargos de confiança, apenas para receber sem trabalhar, apenas se beneficia e a população que representa nada recebe da gestão.

Muitos eleitores recebem ofertas nas eleições para votar em A ou B e terminam votando em C e, muitas vezes, recebem por necessidade. Neste caso, a culpa é da maioria dos políticos que não procuram levar benefícios para as comunidades.

O próprio povo tem culpa, nem todos, mas o desconhecimento da forma de administrar é muito grande. O analfabetismo na forma administrativa de um prefeito, os desvios por meio das licitações, superfaturamentos em obras e outros erros que acontecem em quase todas as administrações não chegam ao conhecimento do povo em geral, porque a grande maioria não sabe ou não tem interesse em fiscalizar, observar as licitações nos Tribunais de contas de seu Estado ou no Portal da Transparência de seu município. Por não ter interesse ou por não saber acessar.

Outro fato interessante: não aparece ninguém novo para concorrer nas eleições, seja prefeito, vereador, deputado, senador, governador e presidente da república, e, quando aparece um nome que nunca administrou pelo menos uma secretaria municipal, mas está apoiado por pessoas de má-fé que já governou de forma errada, e assim vai, e o povão sofrendo as consequências desastrosas de um poder mafioso.

Quero concluir esta matéria lembrando que, enquanto o povo não se organizar num só objetivo e comunitariamente, grande parte dos nossos administradores irá brincar com os nossos direitos e será sempre beneficiado. Nem todos, mas a grande maioria dos gestores no Brasil se comporta assim, lembrando primeiro de crescer as suas economias, mesmo que o povo fique na miséria. Temos poucos administradores no Brasil que trabalham em benefício do povo. É lamentável ter que lembrar desses fatos.

Mote: a culpa é do eleitor
             por não saber votar.

O eleitor não vota bem
destruí o seu futuro
chega até a sepultura
da forma que não convém
vai prejudicar também
o povo até do seu lar
nunca vai encontrar
a paz perfeita do amor
a culpa é do eleitor
por não saber votar.

Assim segue nossa terra
bastante descontrolada
o povão sem ganhar nada
e tudo sempre se emperra
começa a gestão e encerra
sem ao seu povo ajudar
tem fraqueza no cuidar
e atua em pouco setor
a culpa é do eleitor
por não saber votar.

Se ver a corrupção
agindo em todo canto
as vezes me causa espanto
por ver essa má ação
se ver pouca condição
do bom gestor atuar
tem muita gente a mandar
e não tem bom produtor
a culpa é do eleitor
por não saber votar.

Termina mais um trabalho
e bastante pensativo
e tenho grande motivo
eu não gosto de quebra-galho
pra falar não tenho atalho
e gosto de trabalhar
eu não vou atrapalhar
e quem é um bom gestor
a culpa é do eleitor
por não saber votar.

Muito obrigado a todos e até ao nosso próximo encontro.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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