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Francisco Inácio Pita

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As promoções e a deficiência nas condições de trabalho

19/04/2021 às 15h09

Polícia (Foto: Imagem ilustrativa

Por Francisco Inacio Pita

Recentemente o governador João Azevedo e secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social, Jean Francisco Nunes participaram das promoções dos policiais militares, civis e bombeiros e se gloriaram por ter concedido as justas promoções e defenderam também como fruto de um esforço de seu governo, conseguindo promover, equilibrar as contas do estado e continuar garantindo direitos e progressões dos policiais.

O governador João Azevedo já havia autorizado anteriormente as promoções de 791 servidores da Polícia Civil, considerada a maior promoção já realizada na corporação, contemplando as carreiras de delegados, agentes de investigação e escrivães. Somadas às 254 promoções autorizadas recentemente, o governador da Paraíba já promoveu 1.045 profissionais da segurança paraibana.

Não resta dúvida de que isso é muito importante para as categorias beneficiadas, mas o governador está dando condições de trabalho às polícias civil e militar da Paraíba? Os policiais estão com armamentos bons para desenvolver os seus trabalhos com dignidade e de igual a muitos grupos de traficantes da Paraíba? Perguntar não ofende desde que a pergunta não atinja a dignidade pessoal do indagado.

Pelas informações que temos a segurança na Paraíba está de mal a pior, a comprovação é vista claramente no aumento dos assaltos registrados na Paraíba, não por culpa das polícias militar e civil, mas pela falta de condições de trabalho e o pequeno número de policiais existente em nosso estado também contribui, porque muitas cidades tem deficiência, precisa de um maior número de policiais para dar uma maior segurança à população. Com base em dados pesquisados no sagres da Paraíba, em 2011, os quadros da polícia militar paraibana eram de 17 mil policiais na ativa, hoje temos menos de 9 mil. As polícias militar e civil tem feito de tudo e trabalhado incansavelmente, mas infelizmente não consegue diminuir a onda de assaltos existente em nosso estado e também em todo Brasil. Isso é modo, falta de planejamento e investimento dos governos, as leis que não estão adequadas para punir traficantes e assaltantes ou são talvez todos estes pontos juntos.

Outro fato que deve ser lembrado, a falta de desempenho do próprio poder legislativo brasileiro, visto que não querem modificar as leis, se eles tivessem interesses em mudar, daria força para o poder judicial e as polícias Militar e Civil. Repito: infelizmente são as leis criadas pelos nossos representantes que não ajudam a resolver parte do problema, se tiver leis mais rígidas, muitos assaltantes adentram no mundo do crime pensava duas vezes para assaltar, eles sabem que não vão ficar presos.

Observamos no momento, e com a visão direcionada para o sertão paraibano, as informações que nos chegam dando conta de que algumas cidades pequenas não tem mais policiais nem nos finais de semanas, as viaturas de nossa região circulam com apenas dois ou três policiais. Pergunta-se: se dois ou três policiais forem convocados para suspender uma briga de cachaça com 10 pessoas envolvidas na troca de tapas, eles podem fazer o que? É claro que vai um reforço com duas ou três viaturas para aquele local e outras áreas da cidade ficam sem proteção. Os assaltantes estão bastante antenados e aproveitam as áreas descobertas pela segurança policial para fazerem a festa.

Lembrando de outro ponto importante que precisa ser discutido e isso depende hoje de 513 deputados e 81 senadores, seria mudar as leis para endurecer as punições para assaltantes e traficantes. A polícia militar prende o assaltante com a mão na massa, leva a delegacia, e com base nas leis, na maioria dos casos paga-se uma a finança e o delegado é obrigado a liberar, repito com base na lei criada pelos nossos deputados e senadores em épocas passadas o delegado libera o preso. Isso não impede de os atuais parlamentares mudarem essas leis que já estão caducas.

Muitas vezes o acusado de assalto é preso pela madrugada e liberado ao amanhecer do dia, antes dos policiais que o conduziu à delegacia chegarem em casa para descansar das 24 horas de trabalho. Já o suspeito de ter praticado o delito, muitas vezes já pratica outro antes de chegar em casa.

Se não mudar as leis, não adiante, são mudanças que vão beneficiar o cidadão que já vive assustado com tanta violência. Eu sou consciente, se depender da maioria dos atuais Deputados e Senadores, não vai acontecer mudanças nas leis ou talvez um dia aconteça, mas vai demorar muito ainda.

Nossos parabéns para as polícias militar e civil que tem feito um grande trabalho, eu quero repetir, mas infelizmente as leis atuais desfazem boa parte do grande trabalho e dedicação dos policiais e dos órgãos de segurança da Paraíba.

O brasileiro paga uma conta muito alta para sustentar essas duas casas legislativas, mas infelizmente o retorno é muito pouco para a população, é uma vergonha nacional.

Infelizmente a culpa é praticamente do eleitor que é sempre enganado, os concorrentes aos cargos legislativos e executivos mostram um projeto na campanha e fazem outro durante a gestão. Como o povo é esquecido, a maioria faz todo tipo de tramoia durante 4 anos, e termina voltando para usufruir das vantagens do poder e assume um novo mandato com o aval do próprio eleitor. A maioria do povo tem culpa porque deu o poder a 513 deputados e 81 senadores. Se observar bem, a grande maioria dos senadores e deputados federais não vale 10 % do que ganha do tesouro nacional. Sem contar com os auxílios, gratificações, contratação de assessores além da conta, muitos ainda levam as verbas dos nossos impostos e contribuições. O brasileiro paga uma alta taxa tributária e tem pouco retorno. Assim não dá.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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