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Padre Djacy

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Conversando com os médicos cubanos

23/05/2014 às 17h02

Era meu desejo encontrar-me com alguns médicos cubanos que fazem parte do programa mais médicos, do governo federal, a fim de saber um pouco do seu trabalho neste sertão paraibano. Como Deus é bom, a graça foi alcançada.

No domingo passado, em um almoço na casa da minha querida amiga Francisca Gomes, carinhosamente Tica, deparei-me com dois médicos cubanos que trabalham na cidade de Boaventura, alto sertão da Paraíba. Conversamos demoradamente. Fiz várias perguntas. Ouvi coisas lindas, emocionantes. Fiquei emocionado e feliz.

Vejam  o que eles falaram sobre seu trabalho médico por este mundo afora.

São palavras emocionantes, lindas, que brotam do fundo do coração. Palavras carregadas de humanismo, de amor ao próximo.

-Padre,  estou trabalhando neste sertão por amor ao povo. Sou feliz fazendo alguma coisa em prol desse povo  sertanejo.
-Não me arrependi de vir para o Brasil. Somos livres. Estamos aqui por amor ao povo.

-Sou feliz com o que eu faço. Ajudar as pessoas necessitadas nos dá felicidade.
-Eu me sento no chão, num banco, na calçada, não importa onde. Há pessoas que dizem assim: doutora, a senhora é médica, sente nesta cadeira. A senhora não pode sentar no chão. Não faça isso. Fico impressionada como as pessoas reagem. Não buscamos status, mas serviço ao próximo.

-A simplicidade é o nosso forte. Ajudar o povo sofrido é nossa meta, nossa missão cidadã.
-Estamos felizes em morar em Boaventura.
-Há, Padre, não somos escravos de ninguém. Não somos tratados como escravos. Somos profissionais que nos colocamos à disposição das pessoas que precisam. Viemos para o Brasil por vontade própria.

-Estive em vários países pobres. Só queremos ajudar. Estudei para salvar vidas humanas, de quem quer que seja.
-Para nós, o ser humano está acima de tudo. O ser humano em primeiro lugar, e não o dinheiro, os bens materiais.

-Nós estamos felizes aqui. Não nos arrependemos.
-O que nos traz aqui é o desejo de ajudar as pessoas, querer fazer o bem. Levamos muito a sério o espírito humanístico.

-O sentimento de solidariedade ao povo é a força que nos move.
-Estamos aqui por vontade própria, não por imposição. Somos livres para chegar e para sair.

-Nosso dinheiro que fica em Cuba é para ajudar o povo de lá. É para ser investido na saúde, educação, moradia, saneamento etc.
-Como médico, por livre espontânea vontade, passei seis meses na Caxemira, no Paquistão, prestando assistência ao povo daquela região.

-Por questão de humanidade, solidariedade, estive em vários países pobres, sofridos, esquecidos, prestando assistência médica. Os países foram: Haiti (Um ano), Guatemala (Dois anos), Venezuela (Cinco anos). Um trabalho a serviço da Organização Pan-Americana da Saúde.
-Aqui é uma maravilha. Estou adorando.

-A gente vai para qualquer parte do mundo. Não importa onde. O que importa é que nos coloquemos a serviço das pessoas, da humanidade. Não medimos distância. Trata-se de ajuda humanitária.
-Para nós, o ser humano é prioridade número um.

Nessa longa e feliz conversa, observei nesses dois profissionais da saúde verdadeiros valores cristãos: humildade, simplicidade, espírito humanístico e desapego a status, vaidades  e a bens materiais.

Parabéns aos queridos doutores cubanos, “anjos” bons, que, com tanto amor, renúncia e sacrifício, salvam milhares de vidas humanas. Verdadeiro exemplo de AMOR, de DOAÇÃO, ao próximo. Avante!
Sertão paraibano, maio de 2014.
Padre Djacy Brasileiro.
@PadreDjacy


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Padre Djacy

Padre Djacy

Pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, da cidade de Pedra Branca, no Vale do Piancó, Diocese de Cajazeiras, Paraíba.

Contato: [email protected]

Padre Djacy

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