A covardia da bancada federal
Por Fernando Caldeira
À exceção dos deputados Luiz Couto (PT), Wellington Roberto (PR) e Damião Feliciano (PDT), todos os demais deputados federais e os três senadores da Paraíba votaram contra a Presidenta Dilma Rousseff, ou, se preferirem, a favor do interino Michel Temer. Entretanto, nenhum desses apoiadores do golpe, até agora, moveu um dedo sequer para protestar contra um ato de retaliação à Paraíba.
O ministro interino das cidades, Bruno Araújo, deputado federal pelo PSDB de Pernambuco, certamente orientado por adversários do Governador Ricardo Coutinho (PSB), baraúna na defesa da legalidade do mandato da Presidenta Dilma, simplesmente estornou pouco mais de 17 milhões de reais que já estavam destinados à obra de construção do viaduto Eduardo Campos (Geisel), numa parceria onde o Governo Federal entra com 48% e o Governo do Estado com 52% do valor.
É como se você passasse um cheque a alguém para pagar-lhe uma dívida e, ato contínuo, desse uma contra ordem ao banco credor para que não efetuasse o pagamento.
Descoberto o ato retaliatório, o Governador Ricardo Coutinho denuncia a trama à imprensa. Silêncio daqueles deputados e dos três senadores. Lideranças políticas como deputados estaduais, iniciam protestos contra o que consideram um crime contra a economia paraibana. Aqueles deputados e os três senadores continuam silentes. O povo começa a se manifestar nos veículos de comunicação contrário à mesquinharia tucano-temerista e, só então, dois desses congressistas se manifestam. Mas…, incrivelmente, eles se manifestam favoráveis ao ministro retaliador: o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o deputado Rômulo Gouveia (PSD). Os demais, todos os demais, exceção repito a Luiz Couto, Wellington Roberto e Damião Feliciano, que não têm poder de ingerência na administração provisória, deram o calado por resposta. E, como diz o adágio popular, “quem cala consente!”
A pergunta que me faço, é: como alguém pode se dizer ou se achar representante da Paraíba ou do seu povo, ainda que detentor de mandato eletivo, quando conspira contra seus interesses?
Ora, ser favorável a um ministro que estorna dinheiro que já estava destinado ao Estado não é representá-lo. Pelo contrário, é apunhalá-lo!
Tanto a história é verdadeira que, vendo a comoção que começava a tomar conta da população paraibana com aquela covardia cometida, o ministro do PSDB reenvia para o Estado 3,5 milhões de reais dos 17 e alguma coisa estornados.
Que o ministro interino não conheça João Pessoa, seu povo, nem muito menos a obra, vá lá. Agora, deputados federais e senadores eleitos pelos paraibanos sabem muito bem, de cor e salteado, o estágio da obra e sua significância para a capital do Estado. E dessa forma, defender a perseguição perpetrada pela administração federal provisória é atentar contra os interesses da Paraíba e dos paraibanos.
Embevecidos pelo poder ilegítimo que ajudaram a erigir e no qual hoje se nutrem, defendem até seus malfeitos sem se aperceberem que, em breve, terão que olhar nos olhos do povo da Paraíba novamente para terem seus mandatos renovados.
S O L T A S
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*O vereador Neguinho do Mondrean faz críticas à saúde e à educação de Cajazeiras, mas reconhece que o pagamento salarial tem sido feito com pontualidade.
*Do tiroteio político que se arrasta sem fim no Brasil há uns dois anos, ninguém se salvará: nem o Judiciário!
*Neste domingo (19), tem Trem das Onze discutindo as festas tradicionais de Cajazeiras: Xamegão e Carnaval!
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