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Heberth Melo

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Da nossa bandeira jamais será vermelha a inflação

12/09/2021 às 15h18

Coluna do professor Heberth Melo. (Imagem: Voyager).

Por professor Heberth Melo

O Brasil foi enganado, manipulado por uma ideologia criada e desenvolvida pela ultradireita internacional nos Estados Unidos com a eleição de Donald Trump, orientado por um bilionário criminoso chamado Steve Bannon, que valendo-se das redes sociais, utilizando de estratégias de manipulação das massas, munido de teorias conspiratórias, Fake News e falsas narrativas, ressuscitou para a realidade contemporânea um já superado mito, dentre tantos outros, o comunismo. Essa onda propagada no país de Donald Trump chega ao Brasil nas mãos do então candidato a presidência da república em 2018, Jair Messias Bolsonaro, que afirmava em sua campanha eleitoral, com veemência, que sua bandeira jamais seria vermelha. Disfarçado de um discurso liberal e conservador ganhou parte do eleitorado brasileiro colocando a culpa das tragédias nacionais no comunismo, na contramão das obviedades.

De lá pra cá, o que se concretizou foi um governo entreguista e despreparado para gerir os interesses do Brasil, um governo incapaz de dar soluções concretas para os nossos problemas reais, o governo Bolsonaro apresentou uma proposta que vem destruindo a capacidade econômica da população brasileira de subsistir, gerando desemprego, pondo fim a direitos e retomando um período obscuro e recente da nossa história, que trazia como prática econômica a superinflação. Bolsonaro e o seu ministro Paulo Guedes, através das ações ou omissões de governo, a má gestão da pandemia, desvio do dinheiro público para a compra de congressistas, altos salários para cargos militares e o abandono da causa dos trabalhadores, permitiu que o poder de compra do povo se perdesse e que a inflação voltasse para ficar.

Para explicar melhor a inflação no Brasil, em 2016, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), praticava um preço com a tarifa da bandeira vermelha nível 2 de R$ 3,00 por kWh (quilowatt-hora), já em 2021 com o atual governo, ela custa R$ 9,49 por kWh (quilowatt-hora). O mesmo está acontecendo com o gás de cozinha que custava em 2016 R$ 45,92 e em 2021 em algumas regiões brasileiras chega a R$ 110,00, os combustíveis também tiveram acentuado aumento, em 2016 a gasolina, o etanol e o diesel custavam respectivamente R$ 3,09, R$ 1,99 e R$2,79, agora em 2021 os mesmos produtos custam em, alguns lugares, respectivamente, R$ 6,31, R$ 3,46, R$ 4,58. Os produtos alimentícios também subiram vertiginosamente, dentre eles destacando-se a carne, o arroz e o óleo que em 2016 custavam respectivamente, R$ 12,00, R$ 1,50, R$ 2,28, agora em 2021 os mesmos produtos custam respectivamente, R$ 36,00, R$ 4,50, R$ 10,00. Já a cesta básica teve um aumento geral de 53%, em 2016 custava R$ 296,82, e agora no governo Bolsonaro custa em média R$ 622,04 tomando mais de 60% do salário mínimo do trabalhador.

Assim, Através dos dados acima citados constata-se que “nossa bandeira está vermelha”, uma alusão a nossa realidade econômica e não só pela situação energética brasileira, mas decorrente das políticas econômicas do atual governo que deixaram o cidadão brasileiro no “vermelho”, sem condições de pagar as suas contas ou ter uma vida digna no Brasil prometido, verde e amarelo. As falácias criadas pelo Bolsonaro e insufladas pelo, “posto Ipiranga”, o ministro Paulo Guedes, não passavam de Bravatas e de retórica para iludir a população com um falso patriotismo, na defesa de interesses próprios eles atiraram o povo brasileiro a miséria e a própria sorte. Nunca o Brasil foi comunista, sempre passou longe disso, mas o discurso foi utilizado e conseguiu lograr êxito, criando no Brasil uma nova era de inflação e de desalentados.

A inflação voltou, é um fato, o Brasil voltou para o mapa da miséria, são milhões de brasileiros que não conseguem sequer fazer uma refeição por dia, 15 milhões de desempregados, mais de 560 mil mortos pela pandemia da COVID 19, a desesperança tomou conta do Brasil, a desigualdade social disparou, os ricos estão mais ricos, e os pobres bem mais pobres, e, a camisa da seleção brasileira nunca foi tão vazia de sentido. As cores prometidas de um Brasil verde e amarelo, rico em esperança não se concretizaram e não se concretizarão, pois Bolsonaro, sua família e Paulo Guedes estão muito mais preocupados com suas fortunas pessoais do que com o sangue vermelho do povo brasileiro que escorre pelas ruas, vitimados pela inflação.

A nossa bandeira é da cor que nos faz bem, nos faz feliz e nos faz ter esperança, pode ser ela vermelha, branca, azul ou verde e amarela, porém, ela tem que nos representar verdadeiramente.

Quem viver verá…

Heberth Melo

Heberth Melo

Possui formação acadêmica em Direito pela UFCG e Letras pela UFPB. É docente no ensino superior, na Faculdade São Francisco da Paraíba, FASP, Especialista em Direito Civil, Direito Penal, Processual Penal e Criminologia. Mestre em Ciências da Educação Pela UTIC – PY e Mestrando pela UERN em Ciências Sociais e Humanas.

Contato: [email protected]

Heberth Melo

Heberth Melo

Possui formação acadêmica em Direito pela UFCG e Letras pela UFPB. É docente no ensino superior, na Faculdade São Francisco da Paraíba, FASP, Especialista em Direito Civil, Direito Penal, Processual Penal e Criminologia. Mestre em Ciências da Educação Pela UTIC – PY e Mestrando pela UERN em Ciências Sociais e Humanas.

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