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Fernando Caldeira

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De saco cheio

21/06/2013 às 08h06

Não é preciso estudos profundos de sociologia, psicologia, ufologia, ou qualquer outra “logia” que se queira para entender o recado das ruas nestes tempos de Copa das Confederações no nosso Brasil.

Basta um pouco de hermenêutica para logo se concluir a mensagem central dos protestos que tomam o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste: “estamos de saco cheio!”

Quem? O povo. O povo brasileiro está de saco cheio. Saco cheio com os políticos que não o representa embora tenham sidos eleitos por ele. Em outras palavras, está em cheque a democracia representativa brasileira. Significa que ou o eleitor começa a compreender que tem votado errado na escolha de seus deputados e senadores, ou que o escolhido por “N” motivos para representá-lo muda ao ser eleito, esquecendo-se dos “N” motivos que levaram à eleição.

Se eu estiver correto nessa leitura, os políticos que coloquem suas barbas de molho, porque os elementos de convencimento do voto estão mudando.
O povo está vendo que conversa bonita em cima de palanque, que rompantes messiânicos, que promessas em época de eleição e outros truques eleitorais, não lhe garantem um político que o represente.

As ruas cheias de trabalhadores e estudantes estão dando um recado muito claro para vereadores, prefeitos, governadores, deputados, senadores e Presidente da República: estamos de saco cheio de vocês. E por muitos motivos: corrupção, alta carga tributária e serviços públicos ineficientes (saúde, educação e segurança pública, principalmente).  

E agora que o brasileiro aprendeu que ir para as ruas dá resultado, e que para fazê-lo não necessita de partidos nem de sindicatos, basta o facebook e/ou o twitter, tenham certeza que os protestos serão mais frequentes e as cobranças mais acentuadas.

Se até a próxima eleição a classe dirigente deste país tiver dado demonstrações de mudanças verdadeiras na prática política, e caminhar no sentido de reduzir as insatisfações da população com corrupção, carga tributária, saúde, educação e segurança pública, pode haver um arrefecimento nessa revolta. Caso contrário, podem estar certos, já tem um vencedor nas eleições vindouras: o voto nulo!

S O L T A S
*Hoje, às 20h, no Tênis Clube, em Cajazeiras, lançamento da 3ª. edição de “As Cajazeiras que vi e onde vivi”, por ocasião do centenário de nascimento do seu autor, Tota Assis.

*A revolta da população com os políticos profissionais abre espaço para o surgimento de novas lideranças políticas.

*A aprovação popular do governo Dilma caiu 8% antes dos protestos. Depois deles, deve despencar! Até porque “o governo vai pagar diárias de hotel de até R$ 581 para ministros que quiserem assistir nos estádios aos jogos da Copa das Confederações.” É mole?

*A que ponto chegamos: hoje na condição de Ministro do TSE, Antônio Dias Toffoli vai julgar as contas do PT de 2003 em questão, ainda, naquela corte. Detalhe: em 2003 o hoje Ministro era advogado do PT!

*Neste domingo (23) a prefa. Denise Albuquerque será a entrevistada do programa Trem das Onze.
 

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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