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Radomécio Leite

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Debate eleitoral: Planejamento urbano

11/06/2012 às 00h28

Cajazeiras, para usar uma linguagem popular, é uma cidade que vem crescendo aos trancos e barrancos, sem um planejamento urbano bem elaborado e sem definições razoáveis de crescimento planejado e ignorando completamente que vamos ter, no futuro, sérios problemas sociais e ambientais.

Planejamento urbano é um desafio fundamental e prioritário para a nossa cidade e não pode ser ignorado como um dos principais temas a ser debatido nesta campanha eleitoral de 2012, quando vamos eleger o próximo prefeito e os novos vereadores.

Quantos seremos daqui a trinta anos? Como iremos propiciar melhores condições de saúde, educação e bem estar social, além de outras atenções básicas?

Não tenho dúvida que este crescimento é inexorável, mas será que estamos preparados para acolher este novo contingente humano que será atraído pelo que estamos ofertando, principalmente nas áreas de educação e de saúde?

Esta cidade jamais poderá dar uma qualidade de vida melhor aos seus habitantes se não buscar recursos junto ao Estado e a União, porque a sua receita tributária, constituída basicamente do IPTU, ITBI e ISSQN, será insuficiente para resolver as questões ambientais, de saneamento básico, mobilidade, arborização e a criação de parques, itens que podem melhorar a relação de todos nós com cidade.

Poucos têm sido os debates que possam envolver a sociedade civil organizada e o poder público no sentido de criar instrumentos efetivos, não só do controle da ocupação dos espaços urbanos, mas principalmente das melhorias de infraestrutura que deverão vir agregadas a estes espaços.

Nos últimos anos vários novos loteamentos foram implantados no solo urbano do município, mas desconheço espaços mais pujantes destinados às construções de praças e outros equipamentos, como postos de saúde, templos religiosos, ginásios esportivos e de eventos. Necessário se faz a preservação de áreas para fins ambientais e sociais.

O povo precisa ficar atento ao que preceitua o artigo 226 da Constituição de 1988: “todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade da vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

Um dos projetos mais importantes, das últimas décadas, que está sendo desenvolvido em Cajazeiras, é o da despoluição das águas do Açude Grande e da urbanização do seu entorno, tendo a frente deste arrojado empreendimento a Associação dos Cajazeirenses e Cajazeirados do Ceará e vai ser necessária uma soma de recursos bastante expressiva que envolve o governo do Estado e a União.

Nenhum município deste Nordeste pode ser dar ao luxo de desperdiçar dois milhões e meio de metros cúbicos de água como é o caso de Cajazeiras em relação ao seu Açude Grande, cujas águas, desde o século XVIII, até o ano de 1964, serviam para matar a sede de seu povo. Quanto custaria a construção de um açude deste porte nos dias de hoje?

Este é um tema que deve estar na mesa dos debates no processo sucessório municipal de 2012 e que a sociedade deve cobrar compromissos a serem cumpridos pelos políticos de nossa terra.

Rotary Clube de Cajazeiras
Com a posse de Dr. Judson Kilderi, no próximo dia sete de julho, como 64º presidente do Rotary Clube de Cajazeiras, ele será o terceiro Juiz de Direito a assumir a direção desta entidade voltada à prestação de serviços, fundado em 11 de julho 1948. Os outros juízes foram Walter Sarmento de Sá – 1966/1967 e Rui Formiga Barros – 1971/1972. Dr. Judson é um juiz que tem participado e se envolvido com as ações sociais/filantrópicas da cidade, a exemplo do que fizeram Walter Sarmento e Rui Formiga, a quem desejamos êxitos nesta caminhada e que possa aplicar o principal lema rotário: “dar de si antes de pensar em”.
 

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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