E o Atlético me decepcionou

Foto: Charley Garrido)

Após as férias de final de ano e chegada de ano novo, cá estamos nós, sentados ao lado dos nobres companheiros de equipe “A dona da bola” para comentarmos aquilo que seria o nosso primeiro jogo nesta temporada do paraibano 2018. Antes de entrar direto ao ponto, digo que jogo todas as minhas esperanças em um grande campeonato do Atlético. Falo isso creditando a forma que o nosso representante vem sendo conduzido pelos “irmãos Lira”, que estão a demonstrar uma administração perfeita dentro e fora de campo.

São eles que deram uma nova cara ao Mais Querido do Sertão e tenho certeza que os frutos deste belo trabalho logo estarão sendo produzidos em favor do Trovão Azul do Sertão. Mas, quero agora me detalhar ao jogo que fiz na noite da quarta feira 24, Atlético X Auto Esporte. E me decepcionei com o rendimento individual e coletivo do Trovão Azul. Nas minhas anotações que fiz para relato de comentário do primeiro tempo, lembro aqui de alguns detalhes cruciais e que fizeram que o time cajazeirense saísse para o intervalo sobre vaias dos seus apaixonados torcedores.

Os seus jogadores estavam bem marcados e se perderam pela demonstração que deram em não sair desta. Os passes errados foram demasiados e nos passava falta de tranquilidade e muita afobação de quem acreditava ser o adversário um “pato morto”. Depois vimos que alguns jogadores estavam fazendo uma partida bisonha, casos de Mauá, Dalton, e Thiago Almeida, outros bem marcados, Cleitinho e Mosquito, não se movimentavam o que veio acontecer apenas na segunda etapa.

Fiquei desencantado com a falta de opções de saída de bola e de contra ataque. Acreditando que cada jogo tem a sua história, entendo que temos potencial para uma significativa melhora no quesito coletivo e individual. Senti a lentidão de Fábio Bilica principalmente quando a bola chegava aos seus pés na saída desta da defesa para o ataque.

Mauá não dominou uma bola sequer, a bola batia nele e voltava, tem muito potencial, mas, no jogo desta quarta pareceu mais um poste. Thiago Almeida este foi a minha maior decepção, esperava e muito por ele, mas, não ajudou nem na criativa e tão pouco na recomposição defensiva, peça nula. De bom, vi um goleiro Jefersson muito seguro, Vicente bem até chegar para fazer o cruzamento e Romerito soberbo na marcação e nas tentativas em dar maior velocidade na saída de bola. Domingo dia 28 temos o Botafogo pela frente, essa sim, será uma partida dificílima onde o time precisa jogar o que sabe para dificultar o Belo da capital que sem nenhuma dúvida é o time a ser batido.

Desperdiçou

Pelo que vi no jogo Atlético X Auto Esporte, o meio campista Dalton, aliás bem querido entre os torcedores do Mais Querido do Sertão, desperdiçou uma bela oportunidade de colocar em dúvida a titularidade de Luiz Gustavo no meio campo do Atlético. Lançado a titular pela ausência de Gustavo, Dalton sentiu o peso da camisa na frente da sua torcida. Não encontrou uma faixa de campo para jogar, não marcou, seus passes sempre errados e ainda tentou inventar alguns lançamentos para os jogadores de ataque do Trovão. Merece uma nova oportunidade? Claro que sim. Mas, terá que jogar muito, mais muito mais que jogou contra o Macaco Altino.

Leitura

O treinador Índio fez uma bela leitura do jogo do Atlético contra o Auto Esporte. A minha fala é pelas substituições que ele fez na segunda etapa. Primeiro a saída de Mauá que fez um jogo muito aquém da sua condição técnica e a entrada de Duilio que marcou o segundo gol e deu mais movimentação ao ataque. Depois saiu Dalton que também desafinava para a entrada de Rato que capacitou a bola pela sua qualidade. E finalmente a saída de Thiago Almeida e a entrada de Saulo zagueiro que chegou para fechar a zaga já que o placar de 2 a 0 dava mais tranquilidade ao Trovão.

BOLA DENTRO

Para o treinador Índio Ferreira. Foi ele a causa da vitória do Atlético, 2 a 1 frente o Auto. As substituições mudaram o resultado. Leitura do jogo perfeita. NOTA 10!

BOLA FORA

Para a lentidão de Bilica na zaga, os passes errados de Dalton no setor de meio campo, e a falta de habilidade de Jorge Mauá no ataque. Uma partida deste trio para esquecer. NOTA 0!

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Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]