É preciso respeito à soberania do voto
Muito ouço falar em respeito ao voto do povo, em respeito à soberania popular, em respeito à democracia, enfim.
Entretanto, pouco vejo o verbo se transformar em prática política. Ou seja, muitos falam naqueles respeitos ao voto do povo, à soberania popular, à democracia mas, no real, é só da boca pra fora.
Apesar de ser fundamento constitucional de que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, a ganância do poder pelo poder tem feito muita gente que se diz democrática, na prática atacar a democracia.
Cássio Cunha Lima (PSDB) foi reeleito em 2° turno em 2006 na Paraíba com maioria de 52 mil 833 votos. Inconformado com o veredicto popular, José Maranhão judicializa a disputa e consegue a cassação do eleito.
Dilma Rousseff (PT) foi reeleita Presidenta do Brasil em 2014 em 2° turno com maioria de 3 milhões, 459 mil 963 votos. Inconformados, seus adversários, entre eles o agora senador Cássio Cunha Lima, querem-na cassada e já conseguiram seu afastamento temporário.
Ricardo Coutinho (PSB) foi reeleito em 2° turno em 2014 na Paraíba com maioria de 111 mil 563 votos. Inconformado com o resultado das urnas, Cássio Cunha Lima, igualmente a José Maranhão em 2006, judicializa a questão e aguarda que a Justiça Eleitoral casse o Governador eleito pelo povo.
Pergunto: onde está o respeito à soberania popular, ao voto do povo, à democracia, quando eleições vencidas por expressivas maiorias são questionadas?
Maranhão não tinha razão em 2006, embora a Justiça Eleitoral tivesse lhe dado ganho de causa, numa decisão absolutamente equivocada porque calcada em filigranas que acabaram prevalecendo à vontade da maioria.
Os adversários de Dilma também não têm razão de questionar sua vitória. Tanto que utilizam-se igualmente de filigranas jurídicas para dar conotação de impeachment ao que na verdade é golpe!
Cássio também não tem razão de querer cassar o Governador Ricardo Coutinho, até mesmo pela acachapante maioria de mais de 111 mil votos.
Filigranas jurídicas não podem superar, numa democracia, a vontade do povo. É preciso respeito à soberania do voto!
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*A esta altura do “campeonato” a prefeita Denise já deve ter um nome escolhido para ser vice na sua chapa à reeleição. Falta só o anúncio!
*Que alguma coisa está acontecendo, não tenho dúvidas. O silêncio do deputado José Aldemir nos últimos tempos é sepulcral. E isso não é normal para quem se diz candidato a prefeito!
*O Brasil é realmente um país sui generis: temos um Presidente da República interino, um Presidente da Câmara interino, um Presidente do Senado ameaçado de prisão, um ex-Presidente da República também ameaçado de prisão e uma Presidenta da República eleita com 54 milhões de votos, afastada do poder!
*Neste domingo (12) o vereador Alysson Lira (Neguinho do Mondrean) será o entrevistado do programa Trem das Onze.
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