Fogueira de vaidades
Por Lenilson Oliveira
Passeando pelas manchetes de sites e portais e pelas redes sociais, sobretudo pelas páginas pessoais de agentes políticos de Cajazeiras e região, podemos afirmar categoricamente que a “fogueira de vaidades” de cada meio de ano ao que antecede às eleições municipais já começou, até antes de junho, como de costume, talvez pela falta dos palcos principais para isso, que seriam as tradicionais festas do período que, este ano, menores ou mesmo canceladas em algumas cidades sertanejas por conta da crise da água e suas consequências, como a decretação de estado de emergência, numa demonstração de sensatez dos seus gestores.
Por ser uma eleição em âmbito municipal, a do próximo ano requer uma atenção maior à população e até mesmo ao cidadão de forma individual, os agentes públicos que se pretendem pré-candidatos nos seus respectivos municípios já estão se mobilizando, junto com seus assessores e correligionários no sentido de serem lembrados ou, por outra, não serem esquecidos, já que este é o período ideal para que seus nomes ganhem alguma projeção, capaz de colocá-los em condições de se manterem como candidatos efetivos ou, na pior das hipóteses, estejam habilitados a barganhar com “os mais fortes” na etapa posterior da batalha.
Nessa “guerra de vaidades” vale tudo, sem entrar no mérito da questão, não nos deixam mentir os “eternos” candidatos, sobretudo ao legislativo que, ao primeiro aceno, transformam-se em dedicados “cabos eleitorais” dos então concorrentes, transferindo, ou não, os seus minguados votos.
No campo majoritário, nas disputas pela sucessão municipal, as batalhas são sempre mais acirradas, por envolverem questões mais amplas, e começam, muitas vezes na “cozinha” da administração atual com os enfrentamentos de prefeitos e vices que venceram juntos nas eleições anteriores e agora começam a sentir que são “diferentes” no agir e no pensar, como se defendessem mesmo alguma ideologia – mas esta seria outra discussão, que não nos cabe fazer aqui.
O que o eleitor vai ver muito a partir do segundo semestre de 2015, serão oposicionistas e situacionistas se digladiando em alguns momentos e até trocando pequenos afagos e blefes vez por outra, como bons enxadristas, de forma a não fecharem todas as possibilidades, até pelo dinamismo de toda e qualquer campanha eleitoral, capaz de unir adversários históricos e separar até os mais inquestionáveis aliados.
Assim é a política partidária, com essas e outras nuances de bastidores: uma fogueira de vaidades na qual os interesses pessoais quase sempre são colocados à frente dos comunitários e da cidadania na sua essência e plenitude – assunto para ser discutido em outra ocasião.
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