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Padre Djacy

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Foi uma partida inesquecível

19/07/2009 às 11h24

Por Reudsman Lopes

Amigos (as) do futebol, que beleza você tentar traduzir neste espaço o espetáculo que foi o jogo Atlético 2 Paraíba 1 acontecido neste domingo 12 no Colosso das Capoeiras aqui na minha linda Cajazeiras. Antes do jogo ser iniciado a chegada da galera do Trovão e da Cobra Coral ao Perpetão já antecipava o que iríamos ter de festa nas arquibancadas, alegria, alegria e muita alegria. De um lado a Mancha Azul comandava com a sua charanga e o reforço de uma bandinha a fanática Nação do Azul e Branco. Do outro lado a galera do Tricolor tentava mostrar que tinha força mesmo em desvantagem de quantidade de torcedores.

A entrada dos times foi uma festa colorida de contrastes com o azul e branco do Atlético e o vermelho, preto e amarelo do Paraíba. Antes da bola rolar, cala-se o estádio, pedido feito por nós ao árbitro Adalberto Moésia para um minuto de silêncio, homenagem de Cajazeiras, do seu futebol, para Airton Silva Cabrinha, um dos maiores apaixonados pela terra do Padre Rolim, que havia falecido no sábado, 11 em São Paulo e que na década de 60 foi jogador do Estudante Esporte Clube de Cajazeiras. Rola a bola, começa a rolar a emoção, a ansiedade e a expectativa da galera que em campo, nas arquibancadas tinha olhar fixo para o gramado do Perpetão, já aqueles que não estavam no Colosso das Capoeiras estavam com o rádio ao pé do ouvido para não perder um só lance da narração de Arnaldo Lima, de Big Boy e Edmundo.

E o jogo foi se desenrolando com o Atlético indo a todo vapor e nos primeiros 10 minutos o Trovão sufocou, teve bola na trave mais nada de gol. Após os 10 minutos e até os 19 minutos foi a vez do Paraíba chamar o jogo para si na cadencia do toque de bola, mas sem muita objetividade na finalização.

A partir dos 20 minutos o Atlético começou a dar mais velocidade ao seu toque de bola e numa jogada de Robert, Bel solta a bola para frente da sua pequena área, Paulinho Maranguape aproveitou o presente e fez 1 a 0 para o Atlético começando o carnaval da Mancha. O primeiro tempo se foi com o Trovão vencendo pelo placar de 1 a 0.

Veio o segundo tempo e como era de se esperar o Paraíba retorna mais vivo no jogo e aos 4 minutos num escanteio o vacilo da defesa atleticana e Fredson empata o jogo em 1 a 1. O jogo ganha em emoção e o Paraíba cresce em busca da virada já que o Atlético dava sinais de que o empate lhe causou um momento emocional terrível. Entretanto, o Paraíba continuava sem nenhuma objetividade nas finalizações.

O Atlético inicia a sua volta ao jogo, começa a dominar o setor do meio campo. Pioca sente e começa a alterar a sua equipe com a entrada de jogadores mais descansados, o time continua tocando, tocando sem chegar o gol. Veio o lance capital que definiu o jogo. Nailson zagueiro do Paraíba faz uma falta violenta é expulso, sem alternativa, Pioca tira Paulinho para a entrada do zagueiro Eduardo na tentativa de recompor a sua retaguarda. Neste momento brilha a leitura e a visão do treinador Jorge Pinheiro.

Ele retira o zagueiro Jajá e fz entrar o atacante Perivaldo. Resultado, aos 48 minutos da etapa final, Perivaldo recebe um belo cruzamento de Marquinhos e de cabeça faz o gol da vitória do Atlético, 2 a 1. Não dava mais tempo para nada, Adalberto Moésia apitou o final do jogo ai começou o carnaval da Mancha e da galera do Mais Querido do Sertão que foi até as primeiras horas da segunda feira.

Agora para o Atlético com nove pontos ganhos até esta quinta feira, 16, já que jogou em Guarabira, contra a Desportiva, resta-lhe mais um pontinho para confirmação da sua volta a elite do futebol paraibano em três partidas que terá pela frente sendo duas fora e a última em Cajazeiras. Ao Paraíba, com um ponto até esta quinta feira, 16, já que joga em Cajazeiras contra o Auto Esporte, resta-lhe o caminho do “vencer ou vencer”, não pode sequer empatar.

Vem mais jogos inesquecíveis nesta reta final, disso tenha plena e absoluta certeza. Que valeu pelo futebol, pelo espetáculo, pelo show de Adalberto Moésia no apito e pelo show de segurança do VI Batalhão de Polícia Militar comandada pelo amigo Dutra, valeu sim senhor.

A morte de um amigo, de um primo, de um autêntico cidadão de Cajazeiras

A notícia do falecimento de Airton Silva Cabrinha, acontecida no sábado, 11, em São Paulo, caiu para todos nós seus familiares como uma dor incurável, um profundo pesar acompanhada de uma eterna saudade. Airton era daqueles que acordava Cajazeiras, lanchava Cajazeiras, almoçava Cajazeiras, jantava Cajazeiras e dormia Cajazeiras. Inclusive já estava de posse de passagem aérea para vir passar a semana da cidade e de quebra participar da festa do cajazeirenses e cajazeirados da AC3, já havia adquirido duas mesas pois gostava de reunir toda a família. Quem o conhecia sabia desse seu amor pela terrinha.

Crítico, não aceitava posições políticas que determinasse falta de bom senso dos nossos representantes para com a sua cidade. De família com veia musical já que era filho do saudoso maestro Esmerindo Cabrinha, Airton era apaixonado pela música orquestrada e adorava o sax e o clarinete, foi fundador da Escola de Samba 22 de agosto animando o carnaval de rua por vários anos em Cajazeiras. Na década de 60 atuou como lateral esquerdo do Estudante Esporte Clube de Cajazeiras. Para a sua esposa Salete, para suas filhas, genros, netos e netas o nosso profundo pesar.

Fica gravada em nossas mentes os milhares de momentos de felicidade que Airton nos propiciou com a sua alegria em vida. Com certeza Deus o colocou ao seu lado, em um bom lugar, e lá das alturas ele continuará pedindo a Deus por nós e a nos ajudar ainda mais.

BOLA DENTRO

Para a belíssima apresentação de Adalberto Moésia no apito central de Atlético 2 Paraíba 1. Impecável nos quesitos da interpretação da regra, na disciplina do jogo e no aspecto físico. Parabéns e a justiça da NOTA 10!

BOLA FORA
Para a saída de Pioca. Sério, justo, trabalhador e profundo conhecedor do futebol paraibano, Pioca não é, e nem foi o responsável pelo momento do Paraíba. Infelizmente o futebol não perdoa e a corda rebenta para o mais fraco que é o treinador. Pioca saiu e quem perdeu foi o Paraíba. NOTA 0!

Padre Djacy

Padre Djacy

Pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, da cidade de Pedra Branca, no Vale do Piancó, Diocese de Cajazeiras, Paraíba.

Contato: [email protected]

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Pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, da cidade de Pedra Branca, no Vale do Piancó, Diocese de Cajazeiras, Paraíba.

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