Guia Eleitoral: As duas PB na TV
O resultado de várias eleições País afora mostra que é justamente com o início da propaganda eleitoral na TV que se iniciam as principais viradas eleitorais. Este ano a propaganda na TV -ou guia eleitoral – começa no dia 17 de agosto. E deve vir recheada de denuncias e respostas ácidas. É o mínimo que podemos esperar de uma eleição tão acirrada e apelativa.
O guia eleitoral funciona na nossa democracia como um momento de realidade, onde cada candidato vai tentar interpretá-la da sua maneira, ou da forma que melhor beneficie a candidatura. O candidato do PMDB, José Maranhão, tentará interpretar a realidade de forma positiva, mostrando os principais índices de seu governo e as obras executadas. Já o socialista Ricardo Coutinho, vai desconstruir o discurso governista e interpretar a realidade de forma negativa, explorando os pontos fracos do governo.
A teoria da interpretação da realidade (positiva ou negativa) pode ser explicada com uma metáfora: um copo com água pela metade pode estar quase cheio para a situação; e quase vazio, na visão da oposição. As duas interpretações são válidas.
O guia eleitoral representa um debate mais profundo sobre a realidade. É o momento onde não existe mais propaganda institucional do governo, nem parcialidade da imprensa. Numa situação de normalidade em tempo de TV, os partidos podem fazer um debate mais equilibrado, sem o uso da máquina ou de poderosos grupos de comunicação.
Foi com a ajuda de um guia eleitoral impecável que o ex-governador Cássio Cunha Lima conseguiu virar a disputa a seu favor na eleição de 2006 contra Maranhão. A simplicidade e emoção dos programas de Cássio foram contagiantes. Atores que apresentavam o guia eleitoral souberam perfeitamente representar o papel que cada mensagem necessitava. Além disso, todas as denúncias por parte do adversário eram desmascaradas no dia seguinte.
Em 2006 o guia eleitoral representou um debate mais profundo, quando mentiras foram desmontadas e as verdades começaram a clarear a cabeça dos paraibanos. Não deu outra, Cássio conseguiu a maioria dos votos e a sua reeleição. Agora, numa eleição em que o vencedor não deverá obter uma vantagem maior que 80 mil votos, torna-se imprescindível a construção de um programa eleitoral propositivo, mas ao mesmo tempo a serviço da verdade.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário