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Marcelo José

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Hipnose

03/04/2016 às 20h08 • atualizado em 03/04/2016 às 20h12

Hipnose - Por Marcelo José

Por Marcelo José

A  hipnose  clínica  (ou hipnoterapia)  continua  sendo um dos métodos terapêuticos mais controvertidos em Psiquiatria. Ela foi recebida com reservas, depois que recebeu críticas indevidas de Sigmund Freud, o pai da psicanálise. Mas, voltou com força redobrada após a Segunda Guerra Mundial, tendo sido apoiada como um método válido pelas principais entidades médicas.

No Brasil, a hipnose passou também por um processo de séria descrença, por ter sido muitas vezes utilizada em palco, por pessoas não qualificadas medicamente, e tendo até mesmo causado prejuízos para as “cobaias” humanas assim utilizadas. Felizmente, seu uso fora do ambiente clínico foi proibido por um decreto presidencial na década de 60.

Atualmente, a hipnose é reconhecida como um tipo de tratamento adequado para certos quadros psiquiátricos, e até mesmo como um método de valor para aumentar a resistência imunológica de pacientes, aumentando o nível de células brancas (leucócitos) responsáveis pela defesa do nosso organismo contra as doenças. Por esse motivo, tem sido muito utilizada na terapia da AIDS, pois parece ser o método que mais rapidamente altera a psicoimunologia dos pacientes (alteração do sistema imune através da psique).

A hipnose geralmente não é um tratamento em si. Os diferentes métodos terapêuticos usados pela psiquiatria podem ser realizados melhor e mais rapidamente com a sua ajuda. Uma de suas vantagens é reduzir o tempo de tratamento de um distúrbio mental.

A hipnoterapia é um dos tratamentos utilizados para:

Tirar alguns sintomas de certas doenças mentais, como ansiedade;

Reduzir o estresse; tratar traumas psicológicos quando sua causa é pouco relevante;

Tratar medos (fobias), como medo do escuro; auxiliar o tratamento de alívio de dores crônicas, como na artrite, na dor provocada por tumores, etc.

A hipnose também é muito utilizada no tratamento de doenças psicossomáticas (por exemplo, úlceras de fundo nervoso), sendo um dos métodos que obtém resultados mais breves e eficientes. Uma grande vantagem na hipnose é que, ao contrário do que a ficção muitas vezes retrata, ela não tem poder para alterar os valores éticos e morais do paciente. É um dos tratamentos mais sérios em Psiquiatria, e o seu código de ética internacional é um dos mais rigorosos da Medicina. É isenta de perigo, sendo totalmente segura quando controlada pelo Hipnoterapeuta.

A hipnose utiliza a técnica de indução do transe, que é um estado de relaxamento semiconsciente, mas com manutenção do contato sensorial do paciente com o ambiente. O transe é induzido de modo gradual e por etapas, através da fadiga sensorial, que geralmente é provocada pelo terapeuta usando a voz, de forma calma, monótona, rítmica e persistente. Quando o transe se instala, a sugestibilidade do paciente é aumentada; o que requer um elevado nível ético do terapeuta. A hipnose leva então à várias alterações da percepção sensorial, das funções intelectuais superiores, exacerbação da memória (hiperamnésia), da atenção e das funções motoras. Estabelece-se um estado de alteração de estado da consciência, um tipo de estado que simula o sono, mas não o é (a pessoa não “dorme” na hipnose): o eletroencefalograma (EEG) do paciente sob hipnose é de vigília, e não de sono.

Cerca de 100% das pessoas é hipnotizável. Esses 100% têm graus diferentes de sensibilidade: todos eles podem ser colocados sob hipnose, mas isso depende do terapeuta, que tem que realizar um esforço maior ou menor em seu trabalho.

Marcelo José

Marcelo José

Atualmente residindo na cidade de Patos. Professor das disciplinas de ARTE e CULTURA CORPORAL na rede estadual(Paraíba) de ensino – escola PREMEN. Psicanalista Clínico (CIP/ASCEP nº 0101-2012)e Diretor da PROJECTUS – Projetos na área Cultural e Religiosa. Com Mestrado em Ciências da Religião e Doutorado em Ciências da Religião.

Contato: [email protected]

Marcelo José

Marcelo José

Atualmente residindo na cidade de Patos. Professor das disciplinas de ARTE e CULTURA CORPORAL na rede estadual(Paraíba) de ensino – escola PREMEN. Psicanalista Clínico (CIP/ASCEP nº 0101-2012)e Diretor da PROJECTUS – Projetos na área Cultural e Religiosa. Com Mestrado em Ciências da Religião e Doutorado em Ciências da Religião.

Contato: [email protected]

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