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Radomécio Leite

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Minha mãe

11/05/2012 às 12h35

Nasci em 13 de junho de 1946, portanto devo ter sido gerado no mesmo mês do casamento de meus pais, que foi celebrado no dia sete de setembro de 1945, por Monsenhor Abdon Pereira, na Capela de Nossa Senhora Aparecida, do Distrito de Engenheiro Avidos.

Não sei dimensionar, nem muito menos explicar o amor que sinto pela minha mãe e para minha felicidade eu sinto na minha alma o amor que ela me devota e existe entre nós uma cumplicidade muito forte e eu, nas minhas conversas costuma dizer as minhas irmãs que eu tive o privilégio de ser filho de “moça”, portanto o que mais dores do parto teve ela entre os nove filhos que deu a luz e me parece que quanto mais se sofre para se dar a luz a uma criança maior é o amor que uma mãe devota ao mesmo.

Tenho fortes lembranças da minha infância com relação ao nosso convívio e em nossas conversas ela me diz que eu só parei de mamar porque teve ela uma enfermidade, mas costumava sair puxando-a pelo braço para que pudesse me amamentar.

Durante os 57 anos que esteve ao lado do meu pai, que sempre a tratou por “minha rainha”, foram todos de muito amor, encantamento e felicidade e foram parceiros em todas as lutas, em todas as alegrias, nos momentos de tristeza e luto e principalmente na difícil missão de educar os filhos.

Minha mãe sempre foi muito trabalhadora, desde jovem gostava de ganhar o seu dinheiro com as costuras e os bordados belíssimos que fazia e o enxoval de seu casamento foi ela mesmo que o fez, depois que recebeu presente de seu cunhado Chico Coura, os tecidos e todo ele foi confeccionado na cidade de São José da Lagoa Tapada, na casa de Tia Onélia.

Minha avó paterna, Izabel, desde o casamento de meus pais, sempre morou em nossa casa e minha mãe, ao longo de décadas sempre teve um excelente relacionamento e minha mãe só ficava um pouco com raiva dela quando a mesma nos socorria e nos defendia de um famoso chicote de corda que servia para os castigos pelos maus feitos que fazíamos. Foi minha avó que me ensinou a rezar e me preparou para fazer minha primeira comunhão. Eu tive também o privilégio de ter duas mães.

Ainda hoje, com seus quase noventa anos, ainda é uma mulher forte, guerreira, lutadora, destemida e valente e sempre pronta para dar respostas duras quando não gosta de uma determinada coisa ou fato.
Por outro lado, quando a saudades das boas lembranças, principalmente as relacionadas ao meu pai, aceleram o seu coração e dos seus olhos rolam as lágrimas da tristeza e da dor, mas estes momentos são compensados pelos seus largos sorrisos quando tem noticias das vitórias de seus filhos e principalmente de seus netos.

Um dos prazeres de minha mãe é o de repartir o pão, sempre muito abundante e farto em sua mesa e fica muito feliz quando vê todos os filhos em derredor dela.

Como me faz feliz vê-la todos os dias para pedir-lhe a benção, para abraçá-la e beijá-la e depois sentar-me ao lado dela para contar-lhe os meus “segredos”, pedir os seus conselhos e quando vou realizar algum negócio mais importante pedir a sua opinião.

“Minha mãezinha querida,/ mãezinha do coração / te adorarei toda vida/ com muita devoção”.

Para minha querida mãe, Leopoldina, minha eterna gratidão e o meu imenso amor, pela passagem do dia das mães.
 

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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