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José Anchieta

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Mudando o Foco

20/12/2015 às 13h47

Por José Achieta

O Sertão da Paraíba vive um momento de enormes dificuldades, com forte tendência de agravamento ainda mais se não chover o suficiente para a recarga dos nossos reservatórios. Já há um verdadeiro clamor por água em várias cidades, sem se falar nos prejuízos à economia da região, com a diminuição em grande escala das atividades agropecuárias.

As cidades maiores, a exemplo de Cajazeiras e Sousa, já sofrem muito com a pouca água existente, e estão à beira de um colapso total no abastecimento. É que o açude Engenheiro Avidos, em Boqueirão de Piranhas, está com um nível muito baixo, ou seja, pouco mais de 6% de sua capacidade de reserva. 

Pois bem, esse é um quadro caótico, mas parece que ainda não está sendo encarado com muita atenção por parte das autoridades competentes, com raríssimas exceções. E é importante ressaltar algumas medidas já tomadas pela Prefeitura da vizinha cidade de Sousa, a exemplo do programa de perfuração de poços. Mas, o que se constata no momento é uma maior ênfase às questões políticas em nível nacional em detrimento dessa realidade dura vivida pelos cajazeirenses e sertanejos.

Esse período de crise hídrica exige, portanto, ações concretas e urgentes por parte do poder público. E isso só acontece se priorizarmos o debate, cobrando e exigindo a participação de quem tem o dever de dar respostas à sociedade. Priorizar as discussões sobre os grandes temas nacionais é entrar no jogo de alguns setores, principalmente de gestores públicos interessados em mudar o foco das atenções nos municípios, onde há problemas de saúde educação e mobilidade urbana, entre tantos.

A sociedade precisa se unir, congregar forças e assumir um papel de vigilância e de constante mobilização. Qual o projeto ou quais as medidas de enfrentamento dessa crise hídrica, em caso de prolongamento da estiagem? Quais as ações paliativas estão sendo planejadas para mais um possível ano de inverno irregular? São perguntas que surgem diariamente, mas que não encontram respostas.

As administrações municipais, por exemplo, têm planos de enfrentamento da situação? Algumas não conseguiram sequer colocar em prática um programa de perfuração de poços. Outras não foram ainda sequer buscar o feijão que está sendo distribuído gratuitamente pelo governo federal. É lamentável tudo isso.

A verdade é que a população está sofrendo muito com os efeitos dessa estiagem. Além da seca, a inércia administrativa, a ausência de ações para pelo menos minimizar o sofrimento das comunidades mais necessitadas, diante de um cenário ainda de muita incerteza.
 
O combate ao Aedes

A população de Cajazeiras continua preocupada com um possível aumento de focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zica vírus, e outras doenças, principalmente, agora, com a aproximação do período de chuvas na região A população quer saber quais são as medidas para o combate ao mosquito, que se reproduz rapidamente nas casas e terrenos baldios. As informações indicam um alto índice de infestação na cidade.

José Anchieta

José Anchieta

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB.

Contato: [email protected]

José Anchieta

José Anchieta

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB.

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