Muitos candidatos para poucos votos
Mais uma vez, Cajazeira se lança na aventura de tentar sustentar quatro candidaturas a deputado estadual, indo de encontro a qualquer lógica de uma cidade que se pretende representada na Assembleia Legislativa, como porta-voz de toda uma região carente e desprestigiada desde sempre pelos poderes constituídos da Paraíba e do Brasil, que se desmancham de amores pela região de quatro em quatro anos.
As candidaturas de José Aldemir Meireles (PEN) e Antônio Vituriano de Abreu (PSC) à reeleição, do ex-deputado Jeová Vieira Campos (PSB), que tenta voltar à Assembleia, e do ex-prefeito Carlos Rafael Medeiros (PMDB), volta a colocar os eleitores cajazeirenses e do Alto Piranhas como um todo numa situação delicada, tendo que dividir os seus votos para os quatro e – como é de praxe – ainda dedicarem um quinhãozinho para os “pára-quedistas” antigos e novatos.
Como em eleições passadas, quando até cinco nomes da cidade foram colocados na disputa, a temeridade é que a Grande Cajazeiras fique sem um representante legítimo na Casa de Epitácio Pessoa, resultando em perdas significativas para a região, já tão pouco prestigiada com ações efetivas de infraestrutura e assistência, por exemplo.
Muito mais para atenderem a caprichos pessoais ou de grupos do que propriamente se colocarem como agentes da vontade popular, os candidatos a deputado estadual sempre precisarão de avais e aportes outros – muito mais além que financeiros – para terem seus nomes aceitos e homologados nas convenções partidárias.
Todo um conjunto de fatores alheios aos eleitores precisa ser pesado e avaliado para que a pretensão de se candidatar se torne candidatura e esta – muito mais – se torne em perspectiva de vitória, dados os meandros de qualquer campanha eleitoral, seja majoritária ou proporcional.
Cajazeiras e região sabem o preço que podem pagar se ficarem sem representação na Assembleia Legislativa do Estado e não podem correr esse risco e, mesmo sem bairrismo exagerado, precisam se conscientizar da necessidade de um ou mais representantes do alto sertão em João Pessoa.
Conscientes dos seus papéis, igualmente, devem sempre estar os candidatos, para que nunca esqueçam de que cada voto que lhe for dado pode representar o alicerce de uma escola, um remédio para o hospital, uma política de segurança pública mais efetiva, etc.
O fato, é que são muitos candidatos para poucos votos, mas Cajazeiras e região não podem deixar de serem representados na Assembleia, seja como situação ou oposição a quem vá ocupar o Palácio da Redenção a partir de janeiro de 2015.
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