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Francisco Inácio Pita

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Na campanha eleitoral

28/01/2024 às 14h29

Campanha Eleitoral

POR FRANCISCO INÁCIO (PITA) – No período da campanha eleitoral tudo muda e quase não falta nada para o povo, os gestores ficam mais atenciosos, produzem mais, constroem mais obras e voltam a visitar aos seus eleitores. Alguns candidatos já trazem as desculpas na ponta da língua, quando é adversário, diz que pediu ao prefeito e até implorou, mas o gestor por ser seu rival politicamente não atendeu aos seus pedidos. Se é da situação diz que a demanda é muito grande e não foi possível atender a todos os pedidos e se compromete em fazer se vou eleitor, ou garante que se o sucessor que ele está apoiando for eleito, todos os pedidos daquela comunidade serão atendidos, e assim vem com a mesma conversa da eleição passada e o povo mais uma vez é enganado. Sem nada novo e sem apresentar nenhuma criatividade que possa impressionar o eleitor, a maioria dos concorrentes continuam prometendo como nunca e não fazendo como sempre, a regra do jogo é prometer mesmo sabendo que não poderá atender, uma boa parte da população acredita e o jogo continuar um a zero para eles.

O que o povo deve fazer: é selecionar os pedidos necessários para as comunidades dos bairros através de uma associação, grupos formados de forma oficial, um abaixo assinado e outros meios associativos e peça para eles assinarem, sendo assim, fica assegurado o que foi prometido pelo futuro gestor ou legislador. Sabemos que o executivo é o responsável pela execução de todas as obras do seu município, mas o legislador elabora os projetos e aprovam no plenário da câmara. Cabe ao executivo sancionar as leis aprovadas pelos edis mirins e realizar as benfeitorias solicitadas pelo povo. Nessa situação, os moradores elaboram os pedidos e mandam que os candidatos assinem, para depois de assumir a gestão o representante com os pedidos assinados por eles, tem a prova e poderá cobrar a realização da obra. Isso ninguém fez ainda, mas não deixa de ser uma boa ideia para assegurar a realização das obras com mais segurança nas comunidades. Talvez ainda seja difícil, porque após assumir o pleito muitos gestores desaparecem do meio do povo, mesmo assim, se a população tiver as promessas assinadas um dia ele vai aparecer ou deixará o povo na mão, mas nessa situação começa a perder a sua credibilidade para as eleições seguintes.

O que acontece na gestão pública brasileira, os concorrentes prometem quando vem na casa do eleitor, a maioria do povo acredita e após assumir a sua administração muda tudo, a memória desaparece ou dá um de esquecido e o próprio povo não tem o apto de se reunir e cobrar o que foi apalavrado. A melhor ideia para a cobrança, seria através de um grupo representativo, tipo uma associação comunitária, associação de bairro, colônia de pescadores, e outros grupos que reúnam várias pessoas. Estes grupos planejam o que falta, escrevem as reivindicações e pedem aos proponentes dos cargos de gestores e legisladores uma assinatura. Seria um documento formal que ficaria na sede da associação para a cobrança posteriormente, caso o gestor que foi eleito e os vereadores esqueçam após assumir o poder, o representante através de uma associação tem um comprovante da promessa e poderá cobrar com segurança.

Na campanha eleitoral é comum os eleitores revoltados recebem as ofertas, e não imaginam o tamanho do erro que estão cometendo quando aceita, os políticos corruptos praticam estes atos sem a menor timidez, porque se for eleito, vai receber provavelmente tudo de volta ou já recebeu antecipado a ajudo de um deputado ou senador para apoiá-lo na próxima campanha. É um verdadeiro vai e vem e um jogo de interesse, que somente Deus poderá mudar esse quadro terrível, muitos políticos se chegarem a ler este meu trabalho vão me questionar, para mim pouco importa o que os políticos pensam a respeito dessa matéria, evidentemente, ainda tem uma parte dos vereadores, prefeitos, governadores, deputados e senadores comprometidos com o social. Se achou ruim é porque a carapuça caiu na cabeça.

O pior de uma campanha eleitoral são as ofertas direcionadas aos eleitores, e por debaixo do pano, o eleitor por sua vez termina recebendo e cometendo um crime que não é denunciado, infelizmente a justiça só age quando recebe a denúncia com todas as provas. Este crime eleitoral e ato de corrupção cometido entre os proponentes aos cargos de gestor e legislador e uma parte dos constituintes tem desvirtuado o verdadeiro objetivo de uma gestão. Boa parte do povo fica variando no meio do jogo e sem receber os benefícios necessários que a ele pertence. Os projetos comunitários se vão quase todos de água a baixo, por não ter ninguém para cobrar.

O que acontece no Brasil, o concorrente promete tudo e depois de assumir a gestão faz somente o que tem vontade e o que rende votos para a próxima eleição, outros fazem somente o que é de interesse de seus amigos e correligionários, evidentemente, quando é cobrado apresenta uma desculpa e termina conquistando uma parte do povo na próxima eleição. Se o povo se organizar e não acreditar em promessas, as administrações brasileiras de forma geral, já tinham mudado para melhor. Acontece, que a maioria da população é massa de manobra e enquanto não se organizar de forma associada e unida, os nossos gestores e legisladores vão administrar e legislar da forma deles, fazendo o que é melhor para os seus e deixando a população sem uma boa assistência. Não é uma regra, mas é o retrato da maioria das gestões públicas brasileiras.

Agora o mote que mostra em rimas o retrato falar das gestões brasileiras: o povo precisa ter / ideia e muita união

É de forma aleatória
que o povo se comporta
para muitos nada importa
e a gente perde a vitória
gira como rotatória
perdendo a sua opção
cobra pouco da gestão
talvez por não saber
o povo precisa ter
ideia e muita união.

As gestões do Brasil
é ruim de controlar
por falta de organizar
algo de forma sutil
deixar de ser infantil
e cobrar muita ação
seja forte ou um barão
e lute para vencer
o povo precisa ter
ideia e muita união.

Tem que cobrar sem faltar
procurar a forma certa
na linha sempre reta
e não pode descuidar
sempre está a procurar
e cobrar com dedicação
receber da administração
e a população não sofrer
o povo precisa ter
ideia e muita união.

Se o povo não se cuidar
nunca vai poder crescer
precisa sempre saber
a forma boa de cobrar
não pode se descuidar
para ter a gratidão
está com o pé no chão
mostrando o seu poder
o povo precisa ter
ideia e muita união.
O sofrimento do pobre
e grande a todo momento
falta também argumento
pra enfrentar quem é nobre
falta é quem desdobre
pra cobrar a boa ação
o pobre na precisão
sem ter a quem recorrer
o povo precisa ter
ideia e muita união.

E para finalizar
a culpa maior é do povo
que não procura o novo
modelo de governar
precisa mesmo cobrar
com toda atuação
ter a força do rojão
e cobrar pra ele fazer
o povo precisa ter
ideia e muita união.

Muito obrigado a todos e até ao nosso próximo encontro.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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