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Heberth Melo

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O Brasil bizarro de Bolsonaro

04/09/2021 às 20h30 • atualizado em 04/09/2021 às 20h36

Coluna do professor Heberth Melo. (Imagem: reprodução/internet).

Por professor Heberth Melo

O que se vê no Brasil hoje é uma insatisfação enorme, da parcela mais humilde da população, pelo preço do gás, que está R$ 120,00, e da cesta básica, que custa em média R$ 600,00, da classe média pelo custo de R$ 7,00 da gasolina e do aumento da taxa da energia elétrica, do grande empresariado e bancos que estão vendo o capital sumir.

Porém, uma parcela da população brasileira, cerca de 15%, está gostando da atual situação do país, tal população movida por um falso censo de justiça, falso moralismo e um censo de realidade mascarado, tal qual o gado que vai ao abate, apoia atos bizarros e coisas sem sentido, como a proposta do voto impresso, dissolução do STF e tomada do poder executivo a força, caso o presidente Jair Messias Bolsonaro não consiga vencer o pleito de 2022.

O atual chefe do executivo nacional, convoca os seus eleitores para irem às ruas neste 7 de setembro, querendo demonstrar que ainda possui força, assim como tentou e fracassou com o desfile dos blindados no mês de agosto. Bolsonaro cada vez mais dependente do centrão, que vem ampliando seus espaços, impedindo o impeachment, blindando-o das denúncias do governo e dando base às suas bizarrices. O atual presidente tenta insuflar os setores mais fieis do seu eleitorado, em um dia simbólico para o Brasil, que está sendo tomado como uma expressão do falso patriotismo bolsonarista, alimentado nesses últimos anos, com o intuito de diminuir as ações dos seus principais “inimigos”, parte do legislativo e parte do judiciário que lutam arduamente em defesa da democracia, órgãos estes que ainda tentam puni-lo por seus ilícitos.

Bolsonaro, na sexta-feira, 27 de agosto, rechaçou a hipótese de que possa embarcar em um golpe de Estado. “Estão dizendo que quero dar golpe. São idiotas, já sou presidente”, afirmou o chefe do executivo a apoiadores aglomerados e sem máscaras no seu cercadinho, contudo, sabe-se que isso é uma falácia, pois o mesmo afirmou no sábado, dia 28 de agosto, o seguinte: “Tenho três alternativas para o meu futuro: ser preso, ser morto ou ser vitorioso”, como disse por conta própria que não vai ser preso e que é “imorrível”, mesmo com pesquisas pífias, certamente tentará uma manobra para permanecer no poder de qualquer forma. Dessa maneira, entende-se que caso o atual presidente não seja reeleito no pleito de 2022, dará um golpe.

Desse modo, vê-se que uma parte o Brasil está de ponta cabeça, vivendo em um tipo de mundo bizarro, como um mundo espelhado no absurdo, onde o que é correto é errado e o que é errado é correto. Muitos indivíduos ainda são lavajatistas e apoiam os atos de Sergio Moro, responsável direto pela eleição de Bolsonaro, que agiu contra a lei para impedir o principal concorrente de Bolsonaro de disputar a eleição de 2018, apoiam também a destruição dos direitos dos trabalhadores, o fim dos direitos previdenciários, fazem vista grossa ao aumento escabroso da inflação, o aumento das taxas de energia elétrica, inclusive, defendida pelo atual ministro da economia, que essa semana disse: “energia ficar um pouco mais cara porque choveu menos é normal”, “não adianta ficar chorando”, pasmem senhores, esses indivíduos que apoiaram todos os desmandos da pandemia ainda hoje mesmo com o surgimento das novas variantes continuam contra os protocolos de segurança contra COVID-19, eis o mundo bizarro dos eleitores de Bolsonaro.

Assim, o que se observa hoje no Brasil é a grande maioria da população vivendo uma insegurança alimentar, absurda taxa inflacionária, incitação à violência, ao racismo, grandes indícios de corrupção dentro do executivo e dos seus ministérios, enquanto uma pequena parcela da população apoia os ilícitos e desmandos do atual governo, sendo manipulados por redes sociais e por falsos preceitos moralistas, sendo “tangidos”, tal qual o gado que é levado para o matadouro. Esse dia 7 de setembro será o divisor de águas que mostrará o futuro do país, seja esse futuro, uma tentativa de golpe, um ato enérgico dos poderes legislativo e judiciário ou a derrocada do governo Bolsonaro.

Não podemos confundir patriotismo com patacoada, em um governo que desde 2018 como um rolo compressor vem passando por cima dos trabalhadores e de seus direitos, destruiu a economia, entregou o capital nacional para empresários e especuladores, e, tem como única meta a reeleição, para continuar o desmonte do estado brasileiro e impedir as punições da família Bolsonaro. O 7 de setembro é a ultima fronteira do bolsonarismo, ou manipulam definitivamente seus fanáticos seguidores ou Bolsonaro certamente estará na “papuda” em 2022.

Quem viver, verá…

Heberth Melo

Heberth Melo

Possui formação acadêmica em Direito pela UFCG e Letras pela UFPB. É docente no ensino superior, na Faculdade São Francisco da Paraíba, FASP, Especialista em Direito Civil, Direito Penal, Processual Penal e Criminologia. Mestre em Ciências da Educação Pela UTIC – PY e Mestrando pela UERN em Ciências Sociais e Humanas.

Contato: [email protected]

Heberth Melo

Heberth Melo

Possui formação acadêmica em Direito pela UFCG e Letras pela UFPB. É docente no ensino superior, na Faculdade São Francisco da Paraíba, FASP, Especialista em Direito Civil, Direito Penal, Processual Penal e Criminologia. Mestre em Ciências da Educação Pela UTIC – PY e Mestrando pela UERN em Ciências Sociais e Humanas.

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