O Brasil bizarro de Bolsonaro
Por professor Heberth Melo
O que se vê no Brasil hoje é uma insatisfação enorme, da parcela mais humilde da população, pelo preço do gás, que está R$ 120,00, e da cesta básica, que custa em média R$ 600,00, da classe média pelo custo de R$ 7,00 da gasolina e do aumento da taxa da energia elétrica, do grande empresariado e bancos que estão vendo o capital sumir.
Porém, uma parcela da população brasileira, cerca de 15%, está gostando da atual situação do país, tal população movida por um falso censo de justiça, falso moralismo e um censo de realidade mascarado, tal qual o gado que vai ao abate, apoia atos bizarros e coisas sem sentido, como a proposta do voto impresso, dissolução do STF e tomada do poder executivo a força, caso o presidente Jair Messias Bolsonaro não consiga vencer o pleito de 2022.
O atual chefe do executivo nacional, convoca os seus eleitores para irem às ruas neste 7 de setembro, querendo demonstrar que ainda possui força, assim como tentou e fracassou com o desfile dos blindados no mês de agosto. Bolsonaro cada vez mais dependente do centrão, que vem ampliando seus espaços, impedindo o impeachment, blindando-o das denúncias do governo e dando base às suas bizarrices. O atual presidente tenta insuflar os setores mais fieis do seu eleitorado, em um dia simbólico para o Brasil, que está sendo tomado como uma expressão do falso patriotismo bolsonarista, alimentado nesses últimos anos, com o intuito de diminuir as ações dos seus principais “inimigos”, parte do legislativo e parte do judiciário que lutam arduamente em defesa da democracia, órgãos estes que ainda tentam puni-lo por seus ilícitos.
Bolsonaro, na sexta-feira, 27 de agosto, rechaçou a hipótese de que possa embarcar em um golpe de Estado. “Estão dizendo que quero dar golpe. São idiotas, já sou presidente”, afirmou o chefe do executivo a apoiadores aglomerados e sem máscaras no seu cercadinho, contudo, sabe-se que isso é uma falácia, pois o mesmo afirmou no sábado, dia 28 de agosto, o seguinte: “Tenho três alternativas para o meu futuro: ser preso, ser morto ou ser vitorioso”, como disse por conta própria que não vai ser preso e que é “imorrível”, mesmo com pesquisas pífias, certamente tentará uma manobra para permanecer no poder de qualquer forma. Dessa maneira, entende-se que caso o atual presidente não seja reeleito no pleito de 2022, dará um golpe.
Desse modo, vê-se que uma parte o Brasil está de ponta cabeça, vivendo em um tipo de mundo bizarro, como um mundo espelhado no absurdo, onde o que é correto é errado e o que é errado é correto. Muitos indivíduos ainda são lavajatistas e apoiam os atos de Sergio Moro, responsável direto pela eleição de Bolsonaro, que agiu contra a lei para impedir o principal concorrente de Bolsonaro de disputar a eleição de 2018, apoiam também a destruição dos direitos dos trabalhadores, o fim dos direitos previdenciários, fazem vista grossa ao aumento escabroso da inflação, o aumento das taxas de energia elétrica, inclusive, defendida pelo atual ministro da economia, que essa semana disse: “energia ficar um pouco mais cara porque choveu menos é normal”, “não adianta ficar chorando”, pasmem senhores, esses indivíduos que apoiaram todos os desmandos da pandemia ainda hoje mesmo com o surgimento das novas variantes continuam contra os protocolos de segurança contra COVID-19, eis o mundo bizarro dos eleitores de Bolsonaro.
Assim, o que se observa hoje no Brasil é a grande maioria da população vivendo uma insegurança alimentar, absurda taxa inflacionária, incitação à violência, ao racismo, grandes indícios de corrupção dentro do executivo e dos seus ministérios, enquanto uma pequena parcela da população apoia os ilícitos e desmandos do atual governo, sendo manipulados por redes sociais e por falsos preceitos moralistas, sendo “tangidos”, tal qual o gado que é levado para o matadouro. Esse dia 7 de setembro será o divisor de águas que mostrará o futuro do país, seja esse futuro, uma tentativa de golpe, um ato enérgico dos poderes legislativo e judiciário ou a derrocada do governo Bolsonaro.
Não podemos confundir patriotismo com patacoada, em um governo que desde 2018 como um rolo compressor vem passando por cima dos trabalhadores e de seus direitos, destruiu a economia, entregou o capital nacional para empresários e especuladores, e, tem como única meta a reeleição, para continuar o desmonte do estado brasileiro e impedir as punições da família Bolsonaro. O 7 de setembro é a ultima fronteira do bolsonarismo, ou manipulam definitivamente seus fanáticos seguidores ou Bolsonaro certamente estará na “papuda” em 2022.
Quem viver, verá…
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