O preço da (não) governabilidade
São 211 (duzentos e onze) os funcionários comissionados da prefeitura municipal de Cajazeiras, incluindo-se os assessores técnicos, diretores e secretários; 550 (quinhentos e cinqüenta) contratados por excepcional interesse público, que somados aos efetivos totalizam 1.753 servidores. Tanto na iniciativa privada, quanto na pública quando se nomeia um assessor fica mais do que claro que não é para se tornar um “enfeite”, mas, e principalmente, que ele tenha competência técnica para exercer a função e que dê resultados. Sejamos realistas: 211 assessores é um número muito representativo para uma prefeitura do porte de Cajazeiras.
Infelizmente, na gestão pública, o que temos visto é que a maioria destas nomeações embarca em projetos que poderá recompensar e se transformar, no futuro, em votos. Quanto custa ao erário do município, só em salários, os altos postos em que o chefe do executivo nomeia ao sabor das suas conveniências político-partidárias?
Imagine o quanto seria positivo e proveitoso para o município que os mais de duzentos assessores que ocupam postos relevantes na administração pública, com gordos salários, fossem escolhidos e nomeados por sua experiência, capacidade técnica, nível de escolaridade com especialização na área de atuação e de um histórico de conduta ética inatingível e impecável? Imaginemos que isto seja uma realidade, o quanto não seria positivo para a sociedade que, na reta final é quem tudo custeia?
Imagine um grupo de 211 pessoas pensando o município de Cajazeiras e projetando-o para o futuro o quanto seria de positivo e proveitoso. Esta tem sido a grande esperança: a de ver a nossa Cajazeiras num lugar de destaque no cenário político, econômico e social no contexto, da nossa Paraíba.
Talvez, aí resida a causa de a gestão pública de nossa região, e em especial a de Cajazeiras, serem tão capengas e a não capacidade de ofertar à sociedade projetos capazes de transformar a cidade e sair da mesmice. Quantos destes auxiliares têm cursos de Gestão Pública e já participaram de Seminários, Cursos, Encontros e outros tipos de eventos e depois disto serem capazes de injetar na Administração Pública os conhecimentos adquiridos?
O custo do funcionamento da máquina administrativa é muito alto e talvez fosse necessária uma redução desta máquina, mas pelos dados oficiais, divulgados no Sagres, a realidade é outra porque a tendência é no sentido de crescer ainda mais, já que se avizinha o período eleitoral e o “jeito” é “transformar” a prefeitura num cabide de empregos, empregos que rendem votos e esta é uma tendência, mesmo com os impedimentos da Legislação Eleitoral. As folhas de pagamento, dos funcionários públicos de Cajazeiras, dos meses de agosto e setembro provam este crescimento.
Folha de Pessoal – Agosto/2011
Mas é no item por “excepcional interesse público”, que os prefeitos deitam e rolam na contratação de pessoal, sem concurso público, e onde fazem com mais vontade a política de “cabalar” votos. Até quando os recursos que entram nos cofres públicos se destinam, quase na sua totalidade, só para pagar funcionários? Infelizmente esta é nossa triste realidade, a realidade da (não) governabilidade.
Dona Nildinha
A professora Eunildes Ayres de Moura Borges, outro dia, quando se deslocava de João Pessoa para Patos, para participar de uma homenagem a Ernani Satiro, sofreu um acidente automobilístico e quando estava se recuperando, sofreu uma queda na sala de sua casa. Felizmente a nossa estimada amiga já se encontra bem. Aproveito a oportunidade para desejar-lhe um feliz natal com muita luz e saúde.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário