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George Wagner

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O que é o Espiritismo?

15/12/2009 às 10h05

Por Raquel Alexandre

O que é o Espiritismo?
Nos dias de hoje é muito comum encontrar pessoas constrangidas ou aterrorizadas quando ouvem falar de Espiritismo, pois elas imaginam a ação do Espírito do mal, não acreditando que esta é uma doutrina cristã de cunho filosófico, cientifico e religioso (moral), que tem como base os ensinamentos de Jesus e a lei de Justiça, Amor e Caridade.

Independente de todas as crendices e preconceitos que não são verdadeiras acerca do assunto, esta doutrina veio para esclarecer os principais temas no que diz respeito à imortalidade da alma, à natureza, origem e destino dos Espíritos e suas relações com o mundo material, mediunidade, reencarnação, o céu, o inferno e o purgatório, enfim, tudo o que está relacionado com a espiritualidade, além de tratar dos assuntos do nosso cotidiano.

Denominações equivocadas a cerca do Espiritismo
Há diversas práticas que são denominadas erroneamente como espíritas a exemplo da macumba, feitiçaria, e outras do tipo, e algumas terapias regressivas de vidas passadas, tais como a transcomunicação instrumental, cristalterapia, cromoterapia, ufologia, dentre outras que se relacionam com a comunicação com os espíritos. A maioria delas não possui fundamentação doutrinária lógica, não se baseiam no Evangelho de Jesus, e não se referem às obras de Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita. Qualquer centro espírita que se utilize de tais práticas está se desviando de seus verdadeiros e nobres objetivos, que é a prática do bem ao próximo na sua mais elevada pureza, a Evangelização, e o esclarecimento acerca do Espiritismo.

A Umbanda é um culto religioso muito respeitado pelos espíritas, como todos os outros o são, até mesmo porque está em defesa no princípio geral da liberdade de crença contido na Constituição Brasileira. Entretanto, ela não é Espiritismo, pois seus acervos são símbolos, objetos, e práticas que não se ajustam de maneira alguma à Doutrina Espírita. Aqueles que confundem Umbanda com Espiritismo se baseiam nas afirmações de que a Umbanda é espiritualista, rende culto a Deus, apóia-se em fenômenos produzidos por Espíritos desencarnados, aceita a reencarnação e pratica a caridade. Contudo, na Umbanda há culto material, rituais, vestimentas específicas, imagens, altares, denominações específicas para os médiuns e Espíritos, que não existem no Espiritismo. Portanto, embora espiritualista, a Umbanda não constitui variante, nem modalidade do Espiritismo.

Na Doutrina Espírita não há prática de rituais
No Espiritismo não há culto material e nem rituais, não prescreve qualquer vestimenta, nem função sacerdotal, não usa imagens, nem realiza sacrifícios de animais ou seres humanos, não tem símbolos ou sinais cabalísticos, não faz cerimônias matrimoniais, ou de batismo, nem exorcismo. Assim, a Doutrina Espírita tem como objetivo principal o cultivo dos valores do Espírito e é totalmente liberta de atos exteriores. Esta se baseia fundamentalmente nas obras da codificação e suas práticas mediúnicas são realizadas num ambiente harmonioso de oração e boas vibrações, sem qualquer culto ou movimentos e palavras inalteráveis. Suas reuniões mediúnicas são abertas  ao público e dirigidas com rigorosidade, onde não há o uso de velas, cantos, danças, cigarro, bebida ou cobrança de taxas. Dessa forma, pode-se entender que qualquer prática que contenha tais atributos, não pode e não deve receber denominação espírita.
Apesar da sua atual expansão e crescente número de adeptos que vem acontecendo nos últimos anos, as notícias equivocadas que são frequentemente veiculadas pela mídia no geral, previram que os espíritas fizeram oferendas a Iemanjá, estão ligados ao culto demoníaco, dentre outras, o que comprovam o desconhecimento e preconceito que existe sobre a Doutrina Espírita. 

Dessa forma, o Espiritismo não se responsabiliza pelos que abusam do seu nome e o exploram, assim como a religião também não o é pelos sacerdotes que abusam do seu ministério.

A importância das religiões para a Evolução Moral Humana
O Espiritismo não tem a pretensão de ser o dono da verdade, sob nenhuma hipótese, pois esta doutrina acredita que nenhum grupo, religião, ou seita tem o privilégio de ter tal monopólio. Dessa forma a Doutrina Espírita não menospreza, nem restringe as demais religiões, pois tanto o Catolicismo, como o Protestantismo foram e continuam sendo de fundamental importância para a divulgação do cristianismo e a elevação moral da humanidade, esclarecendo, evangelizando acerca dos ensinamentos de Jesus, pois todas se direcionam ao mesmo objetivo, que é a prática do bem e o aperfeiçoamento do Espírito.

Porque as religiões não aceitam o Espiritismo
Não existe uma justificativa de bom senso para combater uma doutrina que segue o Evangelho de Jesus Cristo, baseada no bem, e no amor a Deus e ao próximo, que simplesmente discorda de concepções ideológicas de algumas outras. A intolerância religiosa é a marca dos falsos profetas, que afirmam serem os donos da verdade, ignorantes e pobres de espírito, que ainda estão presos à convicções preconcebidas. Assim, o combate ao Espiritismo se deve ao preconceito, desconhecimento de suas idéias, e pela confusão gerada por aqueles que se dispõem a analisá-las sem o prévio conhecimento e raciocínio.
Já disse Jesus Cristo: “Onde estiverem reunidas duas ou três pessoas em meu nome, eu estarei presente no meio delas”. Então esta frase justifica o que o Divino Mestre nos afirmou que o que importa realmente é buscá-lo, seguir e pregar os seus ensinamentos, não importando o lugar ou religião, pois não adianta falar da boca pra fora que seguimos Jesus, sem por em prática o que Ele nos deixou de belo e verdadeiro.

Porque a Bíblia condena a comunicação com os mortos
Na Bíblia o Antigo Testamento condena a comunicação com os Espíritos, pois esta parte bíblica retrata as tradições hebraicas, seus mestres, reis e profetas, e um dos pontos dos que não aceitam tais práticas é a palavra de Moisés no Velho Testamento, sendo, pois necessário analisarmos racionalmente, que se as leis de Moisés eram utilizadas para controlar a vida dos judeus, como a condenação e comunicação com os Espíritos, devem ser obedecidas na atualidade, então porque não apedrejar as mulheres adúlteras e cortar as mãos dos ladrões, como esta lei exige? È lógico que para os dias atuais não seria o mais conveniente. Então Moisés precisou proibir tal coisa, porque a prática de comunicação com os mortos estava sendo frequentemente utilizada pelo povo, e naturalmente tal abuso concedeu diversos problemas resultantes dos que queriam se aproveitar da ignorância das pessoas daquela época.
Então é válido afirmar que se Moisés proibiu a prática de comunicação com os mortos, certamente era porque eles poderiam vir até nós, por outro lado, há tanto no Velho como no Novo Testamento, diversas situações onde se praticava com muita naturalidade a evocação dos Espíritos. Dessa forma isto é totalmente desconsiderado pelas pessoas que condenam a Doutrina Espírita, então se as Sagradas Escrituras funcionam como decisivas neste assunto, porque não o é em outros?
O próprio Jesus aconselhou que os homens se distanciassem das leis tiranas de Moisés, clarificando as leis morais, que são os dez mandamentos, ditados por Deus. Assim, há ainda no Novo Testamento, a substituição das leis mosaicas (olho por olho dente por dente), pelas mensagens de perdão e de amor à Deus e ao próximo. Além disso, Jesus veio também para provar que a alma sobrevive ao corpo carnal.
Assim, o que não pode ser aceito pelo homem na atualidade é que seja feito uma condenação de uma religião ou crença, baseado numa parte de uma Lei com objetivos vantajosos. A verdade não tem diferentes aspectos, e o verdadeiro cristão é aquele que segue os ensinamentos de Jesus, praticando o amor e o respeito aos seus semelhantes.
Entretanto, as pessoas ainda vivem ligadas á velhas idéias que a Bíblia verdadeiramente ensina, e por interpretações equivocadas, e assim Jesus falava através de parábolas justamente porque os homens ainda não estavam em condições de entender certas coisas, então o Divino Mestre exprimiu em alegorias as regras de conduta para que as pessoas ignorantes daquela época pudessem observá-las e analisá-las, a fim de tirar as suas próprias conclusões. Sobre outras questões era necessário Jesus falar somente com os discípulos que estavam mais adiantados moral e intelectualmente.

A missão do Espiritismo
O Espiritismo veio assim para esclarecer que a morte não existe, e que é apenas uma transformação, pois o Espírito é imortal, eterno e evolui, ou seja, é apenas uma passagem para outra vida, é a sua continuação, só que fora do corpo físico e em outro plano do Criador. Deste modo, a Doutrina Espírita surgiu para tornar compreensível a todos de que não há escolhidos nem privilegiados, pois tudo está regido pelas Leis Divinas, não por um Deus tirano e vingativo, e sim por um Deus que é infinitamente Justo e Bom. Assim a missão deste princípio doutrinário não é de colocar ou impor medo nas pessoas com relação a seu futuro, e sim de esclarecer que pelo aperfeiçoamento moral, todos poderão chegar à plenitude que desejam, corrigindo os seus maus sentimentos, e suas más paixões, pois todos nós somos capazes de nos elevar e progredir, pelo nosso próprio esforço e dedicação à prática do bem e amor ao próximo, pois desta forma estaremos agradando a Deus e a nós mesmos, sendo este o objetivo de todos os Espíritos que habitam o Universo e que estão em fase de progresso.

George Wagner

George Wagner

Radialista profissional, formação em História pela UFCG e acadêmico do curso de Direito também pela UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), Campus III, de Sousa. Apresenta o Jornal da Manhã da Progresso AM, das 7h00 as 9h00 e o Observatório Político, das 18hs00 as 19hs00. (Contato: 8826-6952) Twiiter: @george_wagner

Contato: [email protected]

George Wagner

George Wagner

Radialista profissional, formação em História pela UFCG e acadêmico do curso de Direito também pela UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), Campus III, de Sousa. Apresenta o Jornal da Manhã da Progresso AM, das 7h00 as 9h00 e o Observatório Político, das 18hs00 as 19hs00. (Contato: 8826-6952) Twiiter: @george_wagner

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