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Francisco Inácio Pita

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O que vai e não volta

02/06/2023 às 18h08

Coluna de Francisco Inácio Pita

Por Francisco Inácio Pita – Imagine uma pessoa que vai e não volta ou termina voltando muitas vezes sem realizar seus objetivos, porque a escolha de um tema tão estranho, no desenvolvimento deste trabalho, irei mostrar várias situações semelhantes ao tema. Algo que vai e não volta, é o dinheiro dos nossos impostos e que sai para as emendas parlamentares coordenadas pelos deputados e senadores, não afirmo por não ter provas concretas, mas comenta-se que muitos deles se beneficiam quando liberam dinheiro para os projetos que vão ser executados nos estados e municípios, não precisa de detalhes porque o povo é inteligente e sabe do que estou falando.

Falta entender bem por que em todas as eleições são eleitas praticamente as mesmas pessoas, quando aparece um novato, dificilmente não tem fortes ligações com os veteranos, até ex-gestores denunciados na justiça, recorrem, participam das eleições e ganham tempo enquanto aguardam um novo julgamento. Visto dessa forma, na maioria das vezes, os seus direitos políticos são reconsiderados, e muitos vezes os julgamentos passam de tribunal estadual para federal, e quando são julgados e condenados, tem sempre uma lacuna para um novo julgamento, já outros processos terminam sendo arquivados após 20 anos. Em algumas situações, e enquanto aguarda o julgamento, eles podem até concorrer a todos os cargos de direito, quando não podem mais recorrer, sempre encontram uma lacuna na lei que foi criada e aprovada pelos deputados e senadores, se defendem definitivamente ou até conseguem um novo julgamento. São lacunas e mais lacunas abertas na lei, esse é o triste retrato do Brasil de Cabral.

Comentar dessa forma, pode até perturbar a minha credibilidade com a maioria dos legisladores e gestores que me conhecem não se sentem bem quando escutam a verdade, já os assessores partidários e apaixonados pela politicagem ficam perturbados.

O tempo vai passando e quando chega uma nova eleição, a maioria do povo é enganado mais uma vez com promessas, ditas por grande parte dos concorrentes novatos e veteranos que participam das campanhas políticas, dificilmente vai acontecer o que eles mostram como projeto administrativos. A maioria dos nossos concorrentes fazem uma lavagem cerebral e terminam hipnotizando as pessoas mais necessitadas, oferecem ajudas passageiras e promessas que não vão realizá-las após as eleições. O povo fica mais uma vez mal assistido e eles sempre se dão bem no final da jornada.

E quando isso pode mudar? Uma boa pergunta: Somente quando os gestores e legisladores resolverem assumir de fato o seu papel, da forma que está isso jamais vai acontecer. Isso só se tornará um dia em realidade quando a maioria dos gestores e legisladores agirem com responsabilidade, cuidar do dinheiro público sem levar para casa, atender a todos com o mesmo respeito, até aquela pessoa que votou em outro candidato, e assim vai. Da forma que está, essas ações nunca vão acontecer em sua totalidade, porque a maioria dos eleitos deixam de lado a função de defender bem, e passa a atender apenas os seus correligionários, parentes e amigos. A população no geral, principalmente aqueles mais necessitados, ficam sofrendo até a chegada da próxima eleição. Disso isso, também vejo a vários anos, que somente 6 meses antes da eleição, praticamente não falta nada para o povo, até as pessoas adversárias são atendidas.

Outro fato interessante que vem acontecendo nos últimos 35 anos, após a aprovação da constituição de 1988, o político fica no poder vários anos, em seguida apresenta os filhos, netos e parentes para continuar no poder em família.

E por que isso acontece?

Perguntar não ofende. Isso só acontece porque o próprio povo quer, e vota de forma errada, não procurar saber o que fez e o que vai fazer o candidato escolhido, não quer ou não sabe investigar se o candidato escolhido está falando a verdade ou mentindo. Já outros votam por simpatia, por favor prestado com o uso do dinheiro público, troca o voto por dinheiro na última semana das eleições mesmo sendo que é proibido por lei, o eleitor e candidato praticam essas crime às escondidas, lembrando que os dois estão cometendo crime eleitoral, ninguém prova, mas tudo faz crer que isso acontece. E enfim, o Brasil continua uma bagunça terrível em vários setores de sua administração. São poucos ganhando muito e muita gente ganhando pouco, ou quase nada.  É visto claramente a má divisão na renda brasileira.

Ainda no mesmo ritmo do que vai, vem e talvez não volte, trata-se de muitos nordestinos que vão embora para o sudeste, costumeiramente para o estado de São Paulo, sempre vem rápido quando não encontra um bom emprego ou termina nunca mais voltando para a sua terra natal. Já outros em pequena minoria conseguem um emprego decente, se qualificam, constituem uma família e terminam o seu resto de vida nas terras estranhas. São cenas que acontecem com muitos nordestinos, dado a falta de opção de emprego aqui no Nordeste, salário digno, terminar migrando para o Sudeste ou o Sul do país em busca de melhora para a sua vida. Muitos até conseguem um pequeno patrimônio, como: moradia própria, terras para trabalhar, consegue se infiltrar no comércio e ter o seu próprio empreendimento, enquanto a maioria não consegue nada, vão trabalhar na agricultura ou cuidar do rebanho bovinos e se torna apenas um escravo dos fazendeiros desonestos que exploram os trabalhadores forasteiros.

Começa o dia, e a maioria dos trabalhadores já estão com destino ao roçado, muitas vezes mal alimentado e trabalha o dia todo, e tem deles que ainda consegue um pé de meia, já outros terminam os seus dias de vida na estaca zero, finalizando os seus dias sem nenhum patrimônio e nunca mais volta para a sua terra natal.

O que vai e não volta, vou citar mais um exemplo claro, é o dinheiro público que muitos administradores levam para casa sem a menor piedade. As diárias que são pagas para muitos vereadores, prefeitos, governadores, deputados, senadores e o presidente da república, em suas viagens muitas deles apenas para passear, mas simula um trabalho, e assim, parte da nossa grana se vai para sempre.

O que vai e não volta, são as palavras ditas e de forma desastrosas, costumeiramente não tem retorno, se você magoa alguém e ele não lhe perdoa, nunca mais a sua vida e a vida dele será a mesma.

Se for enumerar tem muitas ações que vão e não voltam, como por exemplo os dias de vida. A nossa vida se vai tão rápido, começa desde criança logo chegamos à adolescência, adulto e idoso. Por tanto, faça o seu trabalho com amor, não humilhe ninguém, procure crescer sem derrubar o seu irmão, porque a vida é curta. E para finalizar um mote que está no meu livro, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA que tem relação com o último parágrafo do nosso artigo.

 mote:

O tempo passa querendo
e a gente vai sem querer. 

Nossa vida é uma passagem
e todos vão certamente
não está no querer da gente
quando chega essa viagem
portanto tenha coragem
ame o que vai fazer
pense no que vai dizer
pra depois não está sofrendo
o tempo passa querendo
e a gente vai sem querer.  

Muito obrigado a você que leu o meu trabalho e até o próximo.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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