O sagrado direito à crítica
Pensei várias vezes antes de escrever este artigo, para não pensarem que estava dramatizando algo que, para mim, é ao mesmo tempo único e lamentável.
Vi nele, porém, a oportunidade de externar ao mundo que o direito à crítica continua sendo sagrado, e que numa democracia o exercício crítico deve não só ser estimulado mas recebido com resignação e humildade por quem ocupa cargo público.
Vamos aos fatos: na sexta-feira (5), na então mais nova edição do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, em minha coluna naquele semanário, escreve a seguinte nota: “É bom o Secretário de Comunicação de Cajazeiras debruçar-se na copidescagem das matérias que são produzidas em sua pasta para divulgar os feitos da administração municipal. Erros de ortografia, pontuação e concordância estão dando no meio da canela. E isso não fica bem para a ‘terra da cultura.”
Qualquer pessoa em sã consciência vê que é, primeiro, uma crítica construtiva e, segundo, justa, dado o volume de erros que, posso garantir, têm sido cometidos nos releases (resumos) que a Prefeitura de Cajazeiras manda diariamente às redações de sites, jornais, rádios e TV´s. E numa cidade que leva o pendão de ser “a cidade que ensinou a Paraíba a ler” e/ou “terra da cultura”, convenhamos, tais barbeiragens com a língua pátria não pega bem.
Foi com a intenção de alertar para o bem que escrevi e publiquei tal nota. Sequer nomes citei, nem imputei culpa a ninguém, posto não saber quem escreve esses releases na Comunicação. Quis ajudar!
E querendo ajudar, jamais esperava a descompassada reação àquilo de um auxiliar da Prefeita de Cajazeiras, mulher que tem ensinado muito marmanjo, com sua humildade, como ser executiva, receber críticas e manter postura altiva de quem se quer a altura de um cargo público! Jamais esperava, principalmente de alguém ligado à Comunicação, onde isso é costumeiro, e ainda por cima alguém que exerce o radialismo jornalístico, onde certamente já exerceu o sagrado direito à crítica.
Mas, muito diferente da Prefeita, mostrando-se arrogante e descompassado para o cargo público que momentaneamente exerce, o Secretário de Comunicação da Prefeitura de Cajazeiras começou e me enviar mensagens de celular alternando baixarias e ameaças que, no início, foram por mim respondidas. Em seguida preferi não mais responder, tão infamantes, agressivas e baixas eram essas mensagens.
Ao todo foram seis mensagens entre as 11H22 e 22H18 do dia 5, a dita sexta-feira.
Para poupá-los da grosseria, da baixaria, do descompasso, do descontrole e da arrogância do Secretário, deixo de publicar, por ora, tais mensagens, que nada acrescentam às melhores tradições da vida pública e do jornalismo cajazeirense.
Apenas lamento que alguém que esteja no exercício de um cargo público e ainda por cima no rádio, dizendo-se democrático e exercendo o sagrado direito à crítica, a admita apenas para os outros e não para si.
Por fim, aviso que não adianta tentar transformar esse lamentável episódio em fatos que nunca ocorreram, como parece ser a vontade do Secretário que, na falta da humildade dos grandes homens, parte para o ataque com acusações infundadas e levianas, tentando desviar o assunto para se justificar.
Acusações infundadas e levianas terão o destino que merecem: a justiça. Onde se pode provar o que se diz!
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