O sofrimento do povo e falta de compromisso de alguns gestores

Por Francisco Inácio Pita – Vivendo com altos salários, gratificações absurdas e muitas mordomias, isso mostra apenas uma mínima parcela das despesas feitas pelos nossos representantes, tanto na esfera nacional, estadual e municipal. Os valores gastos no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados, no Supremo Tribunal Federal, nas Assembleias Legislativas, na maioria das Prefeituras e Câmaras de Vereadores são uma grande contradição em relação ao que ganha o pobre trabalhador brasileiro, que em sua maioria sobrevive de um salário mínimo puro, sem o direito a nenhuma gratificação.
Já os poderes legislativos e executivos gerenciam altas quantidades em real por meio dos seus duodécimos, ajuda de gabinetes e outros meios criados e aprovados por eles mesmos. Se todo o cidadão soubesse o que acontece, as despesas por eles executadas, poderia mudar este quadro de corrupção existente em nosso Brasil de Cabral, em que muitos passariam a escolher melhor os nossos representantes.
O que se observa, principalmente no setor econômico da gestão pública brasileira, é que, para continuar patrocinando as mordomias de gestores e legisladores brasileiros, a solução é o governo encontrar e ajustar os impostos. Para não ter dificuldades financeiras entre eles, quem paga a conta é o pobre funcionário público e o trabalhador em geral. Parece ser a solução encontrada pelos nossos governantes: aumentar os impostos já existentes e criar outros para sacrificar o povo.
Por que não uma PEC dando direito apenas a uma aposentadoria? Constata-se que muitos mandatários mudam de posição política. Exemplo: deixa de ser governador e passa para o Senado, tem o direito a uma aposentadoria como governador e, no final de sua carreira, tem mais de um benefício retirado dos cofres públicos. Seria muita audácia minha imaginar que a maioria dos nossos legisladores iria pensar no povo e ter para si somente um benefício. Nota-se claramente que a maioria dos políticos pensa em si e sua família para depois pensar no povão. A grande população vive sempre enganada e precisa tomar pé para resolver de uma vez por todas a grande problemática do nosso país. O desajuste e a situação de calamidade pública são provocados pelas leis criadas pelos nossos deputados e senadores. Eles podiam evitar diminuir os seus gastos, e sobra que não é pouco enviar em benefícios para o povo. Pensando bem, isso nunca vai acontecer.
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Quem foi eleito para nos defender, ao que parece, está na função de proteger os seus interesses, os negócios de seus familiares, amigos e correligionários e defender os grandes empresários brasileiros. Quanto ao povo que representa a maioria da população, fica em segundo ou terceiro plano.
A conversa durante o pleito eleitoral é muito bonita, mas, depois que passa, assume ou reassume a cadeira de gestor ou legislador, tudo cai no esquecimento. Parece que a Doença de Alzheimer aparece até a próxima campanha eleitoral. O mais interessante em toda essa história é que a maioria do povão é enganada mais uma vez. Apesar de as leis eleitorais proibirem a troca do voto por benefícios, a justiça só age quando o adversário denuncia. Como todos atuam da mesma forma, muitos eleitores recebem em troca do voto pequenos objetos como: pneus para carros e motos, materiais de construção para reformar a sua casa, dinheiro em espécie e outros benefícios paliativos que não resolvem definitivamente a sua vida. Em contrapartida, produzem um grande efeito negativo, de forma geral, na gestão pública, em que o povo continuará a sofrer por falta de assistência adequada, enquanto a maioria dos gestores públicos continuará sendo beneficiada e contraindo um patrimônio secreto ou mesmo discreto para a maioria da sociedade.
O que fazer agora para melhorar o nosso Brasil? Protestar seria a única maneira de os brasileiros mostrarem de imediato a sua insatisfação com o atual sistema administrativo e legislativo em nosso país. O segundo ponto seria escolher em 2026 os novos senadores e deputados federais, mas antes de votar, observar com responsabilidade, analisando a sua vida passo a passo. Não podemos votar em político que votou contra o povo. Como proposta, fazer uma retrospectiva do comportamento dos atuais representantes e os novos postulantes a cargos legislativos e executivos, pesquisar até a sua vida pessoal, observar se quem está no mandato votou em matérias que prejudicaram o povo, a solução e eliminá-los do poder nas próximas eleições.
Para o Brasil melhorar, tudo começa com o povo, aprendendo a escolher melhor os nossos representantes, no período eleitoral se organizar, elaborar o que a sua comunidade precisa, e pedir para eles se comprometerem em fazer e também mandar assinar para o compromisso ficar mais oficial. Sabemos que a palavra da maioria dos políticos em período de campanha eleitoral é um zero à esquerda, ou um risco na água corrente, enfim, tem pouca credibilidade, isso porque, depois que assume o poder, a maioria das conversas e ações prometidas fica no esquecimento. O mais irritante é que chegam na próxima campanha com uma desculpa bonita, quando o adversário do seu antecessor diz que recebeu a prefeitura com muitas dívidas e contas atrasadas para pagar. Enfim, apresenta uma grande quantidade de dívidas deixadas pelo antecessor, e uma boa parte da população acredita, e termina reelegendo um corrupto trapaceiro e mal administrador dos recursos públicos.
A maioria do povo brasileiro, isso de forma geral, não tem tempo para observar a vida dos políticos e nem possui uma boa visão dos atos gerados pelos nossos gestores e legisladores. Boa parte da imprensa é comprometida com os administradores e legisladores, até porque também recebe baixos salários dos meios de comunicação que prestam serviços. O alienismo rola solto entre a maioria da população brasileira e em todas as classes sociais. Percebe-se interesse próprio, o que deixa a maioria do povo sem nenhuma chance de sobreviver bem de forma legal. Até quando eu não vou prever, mas infelizmente acredito que vai demorar muito para o povo se conscientizar e conseguir reverter esse quadro de instabilidade em nosso país, de um lado, o povo sem uma boa assistência, de outro, os gestores e legisladores trabalhando primeiro por seus interesses e de seus familiares e depois o que sobra vem em benefícios do povo.
Mote: tudo pode melhorar
quando o povo conhecer.
Uma parte de nossa gente
só vive de trabalhar
não consegue observar
o que tem na sua frente
não é por ser demente
não dar tempo a perceber
leva o tempo a sofrer
sem tempo de acompanhar
tudo pode melhorar
quando o povo conhecer.
O povão não percebe
o que faz o seu gestor
que trabalhar a seu favor
agente pouco recebe
o povão se torna plebe
vivendo a padecer
precisa bem proceder
e também muito cobrar
tudo pode melhorar
quando o povo conhecer.
Eu quero finalizar
mais um trabalho possante
de forma interessante
talvez não vá agradar
eu não posso mudar
na forma do meu saber
eu consigo entender
que algo tem que mudar
tudo pode melhorar
quando o povo conhecer.
Muito obrigado a todos e até ao nosso próximo encontro.
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