O suicídio e sua relação com a (des)humanidade
A sociedade convive com diversas formas de violência, entre elas está a violência contra si mesmo, e de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), denominada violência autoinfligida ou autoprovocada.
Ao longo da vida de cada pessoa muitos são os acontecimentos que proporcionam alegria e satisfação, todavia outros causam medo, angústia, ansiedade, além de outros sintomas. O somatório de todas essas situações conduzem as pessoas a atitudes diversas que podem acontecer de maneira pensada ou não.
Considerando que as atitudes humanas podem provocar destruição, e dentre estas a tentativa de suicídio com resultado fatal, o mês de setembro tem como foco primordial de discussão para prevenção, tal temática, que vem progressivamente atingindo diversos grupos etários e constituindo o percentual das principais causas de óbito no mundo.
O suicídio é considerado um problema de saúde pública que gera impactos diversos em determinados segmentos, entre eles, o contexto familiar que é o ambiente primário de uma pessoa; a comunidade, que envolve os membros conviventes de cada um; a sociedade que é determinante dos direitos e deveres de um cidadão; a economia por compreender a interrupção da produtividade e criatividade de um indivíduo.
O ato contra a vida não está relacionado ao desejo de morte, mas a busca de ceifar a condição de sofrimento insustentável naquele momento e quando esse desejo é interrompido por si mesmo ou por outrem também pode gerar ansiedade ou angústia.
De maneira geral é preciso pensar no suicídio como uma situação emergencial que todos têm papel importante para sua prevenção, e esse papel precisa ser executado não porque o impacto é marcante, mas porque todos que são impactados têm ação fundamental no contexto de vida das pessoas, destaca-se a boa convivência humana, o respeito à cidadania, a oferta de vida através de espiritualidade e oportunidades, a manutenção das necessidades humanas básicas.
O fato é que convergem para ações e atitudes o cotidiano humano e as relações vividas pela humanidade, e que suicídio não é uma conduta específica na presença de doença mental, de países desenvolvidos ou em desenvolvimento, de determinada época, de determinada sociedade, embora difira por situações diversas e envolva outros fatores, a morte por suicídio pune a vítima da violência e toda coletividade, seja ela próxima ou distante, e a prevenção e tratamento das situações envolventes precisam ser abraçadas por todos.
Como agir e reagir frente a tal situação? Quais as implicações na epidemiologia do suicídio? Há fatores de risco associados ao comportamento suicida? Quais fatores ambientais e/ou microssociais estão correlacionados ao suicídio? São questionamentos que precisam ser trabalhados, porque embora o suicídio seja uma conduta que pode ocorrer por impulso, na maioria dos casos acontece de maneira planejada e antecedida de outras tentativas, além do mais, a fronteira entre a ideação suicida e o ato efetivo de tirar a vida é limítrofe, e compreende comportamentos como auto negligência e lesão provocada, e que ao trabalhar tais questionamentos será possível reduzir essa problemática.
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