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Radomécio Leite

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Os milagres de Padre Rolim

22/08/2012 às 01h50

Hoje, 22 de agosto de 2012, a cidade de Cajazeiras comemora mais um aniversário do seu filho mais ilustre filho, cuja fama, reconhecimento e prestigio ultrapassou os umbrais do Sertão. A primeira manifestação de reconhecimento aos seus méritos foi a sua “escolha para o cargo de reitor do Seminário de Olinda, logo depois de sua ordenação, em 1825”.

Em 1955, recebeu mais um testemunho do “alto apreço em que era tido como educador ao ser convidado pelo presidente da Província de Pernambuco, Dr. José Bento da Cunha Figueiredo, para instalar a cátedra de Grego do Ginásio Pernambucano, do qual foi o primeiro titular”.

O reconhecimento e a consagração do trabalho desenvolvido pelo Mestre Padre Rolim aconteceu em 14 de março de 1860, através de um Decreto Imperial ao ser condecorado por Dom Pedro II, com as insígnias da Ordem de Cristo, ao grau de comendador. Pouco depois, no mesmo grau de comendador, foi mais uma vez condecorado pelo Imperador Pedro II, com a Ordem da Rosa.

O nome do padre, como educador, já era reconhecido em todo o Brasil, quando o Frei Frutuoso da Soledade Sigismundo, Diretor Interino da Instrução Publica, afirmou: “ele é credor de encômios e respeito de todos os brasileiros”.

O depoimento feito pelo cajazeirense, Júlio Moésia Rolim, é primoroso em detalhes e rico de informações, onde faz uma narrativa sobre a morte do Padre e desvenda o local onde está sepultado o padre Rolim: “foi inumado na segunda-feira, 18 do mencionado mês (setembro 1899), cerca de 11 horas do dia, ao lado esquerdo do altar-mor da catedral, templo por ele construído no inicio de sua imaculada vida de sacerdote exemplaríssimo e abnegado”.

O historiador Deusdedit Leitão, em seu livro o Educador dos Sertões, cita o seguinte: “O fato do corpo do Padre Rolim permanecer insepulto por quase quarenta horas, sem exalar mau cheiro, impressionou vivamente a população cajazeirense que já lhe atribuía virtudes de santidade pela proclamada humildade de seus hábitos”.

Costumo afirmar que se o padre Rolim tivesse nascido na Europa e diante de seus feitos e ações, já há muito tempo havia sido elevado às honras de santo e já estaria nos altares.

Algumas pessoas atribuem como milagre do Padre alguns fatos relacionados ao progresso e desenvolvimento de Cajazeiras, a exemplo da opção de ser em Cajazeiras a segunda diocese criada na Paraíba, em 1914; a criação do Curso de Medicina, cuja escolha de sede foi tão difícil como da criação da diocese, além do fato narrado pelo caminhoneiro Adolar Mennegolla, sobre Maria de Lourdes, que teve uma filha curada após fazer uma promessa ao padre Rolim e do depoimento mais recente de Fátima que ficou curada de um câncer após seu irmão fazer uma promessa ao padre que esta “paga” hoje, no Sítio Serrote, local onde padre Rolim celebrava suas missas.

A igreja de Cajazeiras tem trabalhado em silêncio e com cautela no levantamento na coleta destas e outras informações para estudar a possibilidade de encaminhar o processo de beatificação do nosso Santo Padre Rolim.

Viva ao padre Rolim e a nossa querida cidade de Cajazeiras, quando comemoramos os 212 anos do nascimento de Padre Rolim e festejamos antecipadamente os 149 anos de sua existência como município, que seria no dia 23 de novembro.
 

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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