Precisamos votar
Mesmo sem muita fé na classe política do nosso Brasil varonil e da Paraíba sofrida, precisamos votar em outubro; precisamos votar, não porque somos obrigados por Lei no nosso Brasil “democrático”, mas porque não podemos perder as esperanças de mudanças reais nas searas e práticas políticas, legislativas e administrativas do país e, mais particularmente, da Paraíba de tantas lutas históricas, que deveriam ser lembradas e honradas.
Precisamos votar acreditando na renovação, representada pelos agentes políticos novatos que ora se apresentam, ou pelo reconhecimento do trabalho realizado pelos veteranos, mas sempre centrados no que pode ser o melhor para o coletivo e não para o individual, como acontece na maioria das vezes e, por isso, continuamos pagando muito caro, mesmo sem termos consciência plena do que acontece.
Desde sempre, campanhas e mais campanhas são realizadas a cada eleição pregando o “Voto Consciente”, seja por parte da Justiça Eleitoral, das Igrejas, de instituições e entidades diversas, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e clubes sociais, porém sem muitos efeitos, haja vista a pouca mudança verificada no nosso cenário político ano após ano.
O mais frustrante, na verdade, haverão de concordar conosco, é que se votamos e elegemos algum agente político considerado “novo”, daqui a pouco ele vai estar igual aos “velhos”, com os mesmos vícios, a mesma desfaçatez, a mesma falta de compromisso para com as causas mais emergentes da população, como saúde, educação, segurança pública, assistência social, mobilidade urbana, agricultura de subsistência, geração de emprego e renda, entre outras, que se arrastam há séculos e só tendem a piorar.
Precisamos votar em alguém que tenha coragem de propor e apoiar de verdade a já famosa “reforma política” que, em tese, iria coibir muitas práticas maléficas dos agentes políticos e do sem-número de partidos que surgiram no país nos últimos anos, a maioria chamada de “nanicos”, que só servem como “moeda de troca” nas negociatas feitas entre os grandes, com chances reais de eleição.
O Brasil precisa levar a sério a “Lei da Ficha Limpa”, nascida das bases populares e que o próprio povo desconhece, muito pela desinformação e mais pelo comodismo, preferindo votar por um ou outro favor ou benesse pessoal, quando não a mando de alguém, do que pelo bem comum.
Não podemos mudar nada no país ou no Estado só com nosso voto pessoal, é verdade, mas o poder de mudar a nós mesmos independe de qualquer coisa ou de qualquer pessoa – e a principal mudança reside exatamente em nós.
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