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Francisco Inácio Pita

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Preconceitos e suas variações…

30/06/2008 às 19h32

O preconceito é uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, ou ainda o não conhecimento do outro que é sempre diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência. Esta atitude vem acompanhada sempre por teorias justificativas usadas pelos preconceituosos.

Alguns preconceitos étnicos como: “Todo cigano é ladrão”. "O judeu é perverso", "Os índios em geral são improdutivos e preguiçosos”; "Todo negro é adepto de feitiçaria". Essas formas de pensamentos são chamadas de preconceitos e é crime de descriminação, previsto na constituição brasileira.

Há uma espécie de preconceito espontâneo em relação a tudo que é diferente ou desconhecido. É preciso "des-preconceituar", por exemplo, na igreja oficial, a maneira de ver a religião, mesmo aquilo que pareça estranho ou esquisito do seu oficial. Em algumas igrejas ou religiões diferentes, muitos adeptos destas religiões ainda encontram dificuldades em separar seus pensamentos pessoais dos pensamentos dos outros. Existe ainda alguns Padres e outros seguimentos religiosos evangélicos que impõem a seu modo de pensar e sentir como norma geral a todos. Onde está o uso da bíblia? O próprio Jesus já mais descriminou ninguém nem pregou imposição a nada, podemos afirmar isso com base na própria bíblia e no sublime fé. É visto claramente que certos preconceitos atrapalham o processo de implantação de uma cultura popular, muitas vezes sadia e propicie de ser utilizada por famílias, possuidora de bons costumes. É preciso entender que certas manifestações religiosas populares na origem têm também suas razões, mas seus mecanismos de resistência, podem perturbar a vida moral e ética de seus participantes, pelo simples fato de atender as necessidades de seus coordenadores, que muitas vezes, não entendeu o verdadeiro sentido do pensamento, que o próprio Jesus Cristo pregou aqui na Terra.

Há os que entendem a religiosidade como "a religião dos que só entram na igreja carregados: no batismo, na primeira comunhão, no casamento e no enterro". Outros afirmam: "O povo tem religiosidade, mas não tem uma fé comprometida". Há também quem diga: "A religiosidade popular é uma religião cega que não tem nada de bom para dar ao povo a não ser superstições". Outro preconceito sério ouvido na semana santa: “O povo tem fé no Senhor Morto e não acredita na ressurreição”. Além disso, a religiosidade popular seria “milagreira”.

É um erro achar que a religião de cada pessoa é observada de forma individual, o folclore brasileiro e toda a cultura popular não devem mudar, precisando ser protegida e conservada em seu estado original e puro. Pensando bem, a cultura de um povo é sua própria vida. A cultura e a religiosidade popular são dinâmicas e podem mudar constantemente. “A única coisa que deve permanecer sempre são as mudanças”. A complexidade da real da origem dos preconceitos trás uma grande dificuldade, que o ser humano enfrenta para entender como respeitar e amar o próximo de forma objetiva e sensata. Muitas vezes no nosso pensamento não imaginamos o tamanho do preconceito que estamos usando, o que chamamos de preconceito inocente, mas este preconceito é usado raramente por que a nossa mente raciocina quase com perfeição. Embora esse assunto ainda seja pouco comentado, os preconceitos podem ser divididos em dois segmentos: um segmento é maléfico à sociedade e o outro benéfico. O segmento maléfico é constituído de preconceitos que resultam em injustiças, e que são baseados unicamente nas aparências e na empatia. Já o benéfico é constituído de preconceitos que estabelecem a prudência e é baseado em estatísticas reais, e muitas vezes nos ensinamentos de Deus.

Em geral, os preconceitos benéficos são contra doenças contagiosas, imoralidades, comportamentos degradantes, pessoas violentas, más companhias, etc. Na verdade, é muito difícil definir o limite correto entre preconceito maléfico e preconceito benéfico. Por isso, a liberdade de interpretação pessoal deve ser sempre respeitada em seu limite, mas ressalvando o direito e a liberdade de cada um.

É importante entendermos também, que cultivar o amor ao próximo não significa exterminar preconceitos. Tentar destruir preconceitos à força é cultivar o paganismo e deixar entrar todo tipo de sujeira comportamental na nossa sociedade. No paganismo, (atualmente disfarçado sob o título de “pluralismo” e “laicismo”) tudo é permitido e nada é considerado errado. Na década de 90, supostos defensores de direitos humanos (agindo como defensores de “anomalias humanas”) deformaram a palavra preconceito, a palavra amor, a palavra cultura e várias outras. Parece que a intenção era confundir o significado destas palavras e abrir caminho para oficializar práticas pagãs na sociedade brasileira. De fato, nos anos seguintes constatamos o aumento do homossexualismo declarado, do relacionamento feminismo mais acentuado, da infidelidade conjugal, da prostituição em diversos níveis e outros comportamentos degradantes e imorais, “justificados” como festivos e culturais. Não compactuar com esses comportamentos, não significa ser uma pessoa preconceituosa, mas lutar para conservar em nós o respeito pela moral, ética, e atender aos nossos princípios, sob a forma de vida que escolhemos. Devemos deixar que cada pessoa viva livre a sua vida usando a sua própria liberdade, desde que a sua liberdade, não prejudique a moral e liberdade dos outros.

Infelizmente, uma parte da mídia vem usando uma máscara de amor ao próximo para condenar as discriminações de caráter preventivo e apregoar a indiscriminação total e generalizada. Essas pessoas, de ideais utópicos e estranhos, têm atribuído conotações exclusivamente pejorativas, à palavra preconceito, para desmoralizá-la e destruir seu efeito preventivo (o lado benéfico). No fundo, querem semear “ervas daninhas” em nosso meio e contaminar a nação como se fosse uma coisa normal.

Ao contrário do que tais pessoas têm apregoado, tudo o que não devemos fazer, nesta área, é praticar a discriminação injusta e precipitada contra o nosso próximo, seja ele quem for ou quem quer que aparente seja. No entanto, fazer uso de conceitos concebidos de maneira prévia, porém, comprovados estatisticamente ou orientados por Deus (através da Bíblia), é um direito legítimo porque faz parte do nosso sistema de defesa; todo cidadão deve ter a liberdade e o direito de fazê-lo sempre que achar necessário, desde que sua ação não comprometa a vida dos outros.

A estrutura biológica humana também faz uso de preconceitos (de anticorpos) para se defender de vírus e bactérias caracterizados como nocivos. Em geral, os anticorpos repudiam tais invasores antes que se multipliquem e contaminem todo o corpo (um efeito preventivo de origem natural). A medicina avançada também produz vacinas artificiais para desenvolver preconceitos biológicos (do sarampo, da poliomielite, do tétano e de várias outras doenças consideradas infecto-contagiosas). O objetivo é deixar o sistema imunológico preparado para quando o vírus nocivo chegar, o corpo, já vacinado (previamente avisado), esteja prevenido e se defenda antes que o vírus se multiplique e cause maiores problemas. Portanto, o preconceito por si só não é sinônimo de sub­ desenvolvimento. Na verdade, quando bem usado é sinônimo de prevenção e de prudência. A maioria dos povos civilizados e prósperos desenvolveu-se fazendo separação entre o certo e o errado e o bem e o mal. E, o preconceito, quando fundamentado em experiências reais ou nos ensinamentos de Deus, é um método preventivo que se antecipa ao erro e ao mal, evitando a disseminação de maus hábitos e a conseqüente distribuição na sociedade. Se desejarmos combater o preconceito injusto e a discriminação indevida, a solução não é impor igualdade mascarada e fictícia por intermédio de leis. A solução é admitir e esclarecer as diferenças, as aparências e as realidades para que o sistema de defesa humana compreenda e não rejeite o que for normal e saudável. Tentar impor qualquer tipo de igualdade, por força de lei, é semear a falsidade, a hipocrisia, o desrespeito e, por conseqüência, a violência. Amar, não é simplesmente compreender, tolerar, mas requer bem ao próximo. Amar o próximo é também ter a coragem de repreendê-lo para que se torne bem sucedido como ser humano e cidadão, ação de deve ser praticada pelos pais de forma educada e compreensiva para orientar seus filhos.

Já é hora do brasileiro compreender que as liberdades pacíficas, de praticar o justo e fundamentado preconceito (o benéfico), são mais úteis a uma nação do que a proibição de usar a intuição humana e o prévio conceito como medida preventiva. Só as pessoas inconseqüentes, ou muito inocentes, é que entendem que devemos considerar todo mundo em igualdade absoluta e irrestrita (sejam sadios, doentes, crianças, homens, mulheres, gays, lésbicas, estupradores, prostitutas, gente de bem, ladrões, aidéticos, etc.). No entanto, as pessoas sensatas e equilibradas, que se preocupam com o futuro da humanidade e que sabem dosar o amor com a disciplina, enxergam a necessidade da moderação nestas questões. Na verdade, precisamos respeitar o comportamento de cada pessoa segundo seu merecimento individual. Temos que levar em conta o risco de boa ou de má influência que cada pessoa pode oferece dentro da nossa sociedade, isso não significar descriminar nem usar preconceito, afinal, nossa liberdade deve ser respeitada, sempre respeitando a liberdade de cada um, e que essa nossa liberdade não prejudique a vida de ninguém.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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