Processo sucessório: décimo ato
Está em plena ebulição o processo de escolha dos candidatos a vice-prefeito de Cajazeiras, uma gestação muito mais difícil do que a dos nomes que vão concorrer à prefeitura da cidade, na cabeça da chapa.
Nas hostes das oposições tudo leva crer que esta definição será bastante traumática. Um dos partidos deste bloco, o dos Trabalhadores, se arvorou no direito de indicar este nome, em reunião de seu diretório, realizada esta semana na Câmara Municipal de Cajazeiras, cujo nome de consenso recaiu sobre a professora Laureci Penaforte.
O PT defende o direito de ser um dos seus filiados o candidato à vice-prefeito, baseado nos fatos, além de outros, de que o deputado Jeová Campos (PT) e o vereador Severino Dantas foram os mais votados na cidade em suas respectivas eleições. Nada mais justo. Mas o próprio deputado Jeová Campos foi contra o nome da professora Laureci e o vereador Severino Dantas tomou uma posição confortável que foi a de acompanhar a decisão do partido, que ele sabe não ter muita consistência, muito embora reconheça que poderá haver um racha entre os diretorianos.
Por outro lado o médico Léo Abreu já admitiu em conversas reservadas que não aceitaria imposições partissem elas de onde partissem. Isto ficou mais do que entendido que o nome apresentado pelo PT não foi do agrado do mesmo e em conversas nos bastidores da política já se sabia que estava se processando um acordo, costurado pelo deputado Jeová e o médico Léo Abreu, em torno do nome do vereador Carlos Rafael (PTB).
É bom relembrar que o PTB, em Cajazeiras, está nas mãos dos Tavares que desde a derrota de seu candidato a deputado estadual (Diego Tavares) já teria ficado definido que os mesmos iriam participar decisivamente, na oposição, na disputa eleitoral rumo à prefeitura da cidade, como uma espécie de “vingança” pelo não apoio de Carlos Antonio (DEM) ao nome de Diego Tavares, fato documentado através de uma carta escrita pelo ex-deputado federal Edme Tavares e tornada pública pelos meios de comunicação da cidade.
Estas eleições municipais são uma espécie de prévia do que será a de 2010. Não se tem conhecimento dos acordos realizados “intra muros”, pelas oposições, de quem apóia quem para deputado estadual e federal. Jeová, publicamente, já tem dito que não será mais candidato a deputado estadual, mas a federal, o que abriria um espaço tanto para Diego Tavares como Severino Dantas e Antonio Vituriano de Abreu e o próprio Carlos Rafael, que deseja realizar o sonho e o desejo de seu pai, o conhecido Cabo Carlos, empresário da construção civil.
O PT teria “ameaçado” de lançar um candidato próprio a prefeito de Cajazeiras caso o nome da professora Laureci fosse rejeitado o que dificultaria em muito a reeleição do vereador Severino Dantas, que sem coligação, sua legenda precisaria de no mínimo três mil votos para eleger um vereador.
Estamos bem próximo do desfecho final que será realizado até 30 de junho, ultimo dia para definição dos nomes dos próximos candidatos às eleições de outubro.
No seio da situação tudo esta calmo. Não existe esta ebulição em torno do nome do vice, como nas oposições. O prefeito Carlos Antonio e o deputado estadual José Aldemir, os principais lideres, estão conversando, ouvindo e segundo informações, realizando pesquisas, para definir o nome do candidato.
Enquanto isto, só se tem é a noticia de que os dois candidatos a prefeito Marinho Messias e Léo Abreu têm feito muitas visitas aos eleitores em busca de votos, tanto na zona rural como na urbana. Faltam apenas quatro meses para sabermos quem “milho na mochila”.
P.S. Uma ressalva: a petista Laureci, como todo professor neste país, não tem recursos financeiros para colaborar com a campanha, enquanto com Carlos Rafael, através de seu pai, a conver$a é outra. Eis a questão.
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