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Radomécio Leite

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Processo sucessório: nono ato

11/04/2008 às 00h32

A semana que passou foi recheada de fatos no processo sucessório de Cajazeiras. Não imaginávamos que acontecesse com tanta rapidez e de forma tão melancólica a adesão de corpo e alma do deputado Jeová Campos a candidatura do médico Léo Abreu (PSB) a prefeitura de Cajazeiras.

O deputado Jeová Campos (PT) confidenciava a alguns amigos e inclusive fazia chegar através de seus contatos, à imprensa de Cajazeiras, sobre sua posição com relação ao candidato da oposição,a quem fazia sérias restrições e impunha um rosário de “obrigações” a serem rezadas por Léo Abreu e seu pai, médico Antonio Vituriano, para que pudesse se incorporar à campanha das oposições.

A adesão aconteceu no último dia 7 de abril, durante o seminário Cajazeiras de Todos, realizado pelo candidato Léo Abreu, com convidados de alguns setores da comunidade, inclusive da imprensa simpática a sua candidatura.

Três figuras das oposições se fizeram presentes ao seminário que merecem destaque: primeiro o vereador Carlos Rafael, que parece se engajar a partir de agora no “bloco das oposições”. Antes teria se queixado sobre sua ausência nestas reuniões por falta de convite, em função de alguns membros da chamada “oposição pura”, não o reconhecer como “verdadeira oposição”. Isto pode ter sido resquícios da campanha para deputado estadual, quando se lançou candidato e não aceitou os “pedidos” para votar em Jeová Campos.

Um outro: Diego Tavares, que tem seu nome lembrado para ser o vice de Léo Abreu e ali representava a família Tavares, que logo depois da derrota de Diego, como candidato a deputado estadual, mandou um recado para o prefeito Carlos Antonio, através de uma Carta, do punho de Edme Tavares, que “podia aguardar” que a família ia participar do processo eleitoral das eleições municipais em Cajazeiras. A família teria ficado “magoada” com Carlos Antonio por não ter ajudado na campanha de Diego. Agora seria a “hora do troco”, compondo-se com as oposições. Diego apresenta-se como o candidato à vice com mais chances em função da situação e disponibilidade financeira para investir na campanha e vem com o respaldo de ter tirado em Cajazeiras 2.500 votos para deputado estadual.

O nome de peso do seminário foi o do médico Antonio Vituriano de Abreu, para quem os “holofotes” estavam voltados. Quando Vituriano fala todo o mundo faz questão de ficar com os ouvidos bem abertos. Dentre as qualidades de Vituriano uma é a coragem de dizer o que pensa e o quer, mesmo sabendo que suas palavras possam lhe trazer prejuízos. Quando todos penavam que ia “paparicar” Jeová Campos, para que pudesse ter o apoio do mesmo à candidatura de seu filho, declarou simplesmente que “não devia nada a Jeová”.

O seminário “Cajazeiras de Todos”, cuja palestra principal, feita por um auxiliar do prefeito Ricardo Coutinho, foi muito boa, foi relegada a um segundo plano, porque o grande interesse estava centrado na campanha para prefeito de Cajazeiras. Nas hostes das oposições foi vivenciado um momento de muita importância e se delimitou para onde parte das águas vai correr. Falta apenas um lado da biqueira: o nome do vice de Léo. No caminhar da carruagem, isto vai acontecer muito antes das convenções.

Enquanto na situação quem vem “detonando” é Carlos Antonio e Marinho continua em silêncio e sem data marcada para abrir o “bico”.
Já dizia o grande poeta árabe Gibran Khalil Gibran: “o prisioneiro que tem a porta do seu cárcere aberta e não se liberta é um covarde”. Sábias palavras e que podem ter tudo a ver com o atual momento político que vivemos em Cajazeiras.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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