Processo sucessório: terceiro ato
Até que sejam ratificados os nomes dos candidatos a prefeito de Cajazeiras e quem se aglutina em torno de qual nome, ainda vão rolar muitas noticias na imprensa e nos bastidores, sobre a sucessão municipal, até oato final, quando as cortinas se fecharão e só o aplauso da platéia é que vai definir qual foi o melhor ator.
Algumas indefinições de apoio, de algumas lideranças, aos nomes que já estão nas ruas, não têm sido privilégio apenas no grupo da situação. Nas oposições os focos de resistência ao nome já posto são visíveis e com ranços de impudor de possíveis falsidades construídas nas últimas eleições.
Recompor os quadros à luz do passado, nos moldes da última eleição para prefeito, talvez seja impossível. Existem defecções de um lado e do outro. Panorama de fidelidade de antigos aliados, baseado na composição de 2006, em face de tantos problemas ocorridos ao longo dos últimos quatro anos, é impensável.
O fato mais importante dos últimos oito dias foi uma declaração do deputado estadual Jeová Campos (PT), que reconheceu pela primeira vez, que o “nome do médico Léo Abreu (PSB), é uma candidatura que está nas ruas”, o que deu um fôlego muito grande ao candidato das oposições e aniquilou de uma vez a esperança do Carlismo de ver Jeová rompido com Léo Abreu.
Léo Abreu sabe muito bem que a mão que poderá guia-lo até a presença do senador José Maranhão e do deputado federal Wilson Santiago é de Jeová Campos. Portanto, Léo deverá, como um náufrago, agarra-se à mão de Jeová para não morrer na praia, muito embora esteja vislumbrando que o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), poderá ser a sua segunda alternativa na caminhada até Zé Maranhão e Wilson Santiago, com quem está contando no seu palanque eleitoral.
Um outro fato, no seio da oposição, que poderia ser levado em conta, foi a declaração do deputado federal Armando Abílio (PTB), que o vice de Léo seria o ex-candidato a deputado estadual, derrotado, Diego Tavares (PTB). Será que Armando já estaria pensando no apoio de Léo na sua reeleição para a Câmara Federal? Começa a sobrar peças para ser iniciado o jogo do xadrez na política de Cajazeiras, na oposição. E Jeová como ficaria, já que tem no seu projeto político uma possível candidatura a deputado federal?
Léo Abreu já tendo vice e sendo das hostes do PTB, onde fica o PT de Severino Dantas e de Jeová Campos que também namoram a vice-prefeitura? Severino Dantas já teria dois nomes: o do advogado Moreira Lustosa e o do professor José Maria Gurgel, da ala histórica do PT cajazeirense, ambos já testados em eleições passadas, mas com insucessos eleitorais. Jeová Campos poderia apresentar o nome de seu primo e grande amigo: o empresário Chico Mendes, este um político vitorioso.
Léo Abreu sonha com o nome de um empresário cajazeirense, Arlan Rodrigues, filho do ex-prefeito Zerinho, que poderia “azeitar” a sua candidatura e dar um fôlego nas finanças da campanha, não só dele próprio, mas também pelo seu poder de arregimentação com outros empresários, inclusive de outras regiões do país.
O médico Léo Abreu, em que pesem todas estas dificuldades, próprias da democracia, não tem baixado a guarda: trabalha todos os dias e tem realizado seminários e reunido o povo para discutir os problemas da cidade, contando com a colaboração de amigos e correligionários e de lideranças comunitárias. Nestes seminários tem exposto as suas idéias e propostas. Quer ser ouvido, questionado. Alvoroça e reaviva o processo democrático. A luta está aberta. As contendas, as questões internas das oposições e os focos de resistências vão dar muitas dores de cabeça ao médico Léo Abreu, mas nada que não possa ser resolvido com muito diálogo.
Léo, talvez só tenha uma grande pedra no seu caminho: Jeová Campos. E deve começar a fazer promessas, se sonha com a prefeitura de Cajazeiras, para que o governador Cássio da Cunha Lima não tenha seu mandato cassado, porque Maranhão assumindo o governo da Paraíba, Jeová Campos é candidatíssimo a prefeito de Cajazeiras. Aí o cenário político de Cajazeiras muda completamente nas oposições, também com sérias conseqüências no grupo da situação.
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