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Lidiane Abreu

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PT e PSDB na TV: duas estratégias

17/12/2009 às 16h08

Por Alan Kardec

O programa partidário do PSDB veiculado nesta quinta-feira (03) teve uma pitada de “interpretação positiva da realidade” ao reconhecer os avanços do governo Lula. No entanto, se colocou como protagonista do crescimento econômico por qual passa nosso País, que teve início do governo FHC.

A idéia de “bater e assoprar” pretende desviar a eleição de um possível plebiscito entre os 8 de Lula e os 8 de FHC. Os tucanos tentam mostrar que tiveram um papel importante (e tiveram!) para esta nova realidade econômico-social da atualidade. Jogar a eleição para uma disputa plebiscitária acabaria com qualquer chances dos tucanos voltarem ao poder.

É inegável que FHC teve sua importância na construção de um novo País, como também é inegável que Lula foi melhor que seu antecessor em todos os aspectos. Inclusive na política externa, onde todo mundo achava que o ex-metalúrgico iria arruinar a imagem do Brasil lá fora. Pelo contrário, o tal do Lula conseguiu se consolidar como uma liderança internacional.

Já a propaganda petista, que circula na TV por meio de spots, deixou claro qual vai ser o tom do discurso em 2010: a continuidade. A própria Dilma Rousseff aparece nos comerciais ratificando os principais pontos fortes do governo e dizendo “Lula nos ensinou o caminho”.

O PT e a Dilma sabem que não vão conseguir substituir Lula no “imaginário popular”, mas podem sim dar continuidade ao seu governo. Tal premissa parte de uma verdade incontestável no quesito transferência de voto: prestígio não se transfere! Lula é Lula. Dilma é Dilma. Não será por conta de um pedido de Lula que o eleitorado que o apóia irá votar noutro candidato.

O próprio histórico eleitoral mostra que prestígio não se transfere. Em 2002, no Rio de Janeiro, estado onde Lula teve umas das maiores votações, a candidata petista Benedita da Silva perdeu no primeiro turno para Rosinha Garotinho, PMDB.

No nosso Estado da Paraíba não foi diferente. Lula venceu os dois turnos de 2002, mas seu candidato ao governo estadual, Roberto Paulino, perdeu os dois turnos. Em 2006 a mesma coisa. Lula ganhou os dois turnos, mas Cássio derrotou Maranhão também duas vezes.

E olha que este último exemplo foi o mais cabal, pois Maranhão usou mais da metade de seu tempo de TV para tentar associar sua imagem à de Lula. Inclusive, com Lula pedindo que os paraibanos lhe dessem a vitória de Maranhão como um presente de aniversário.

Alguém ainda acredita em transferência de voto por prestígio pessoal? Por esses e outros motivos que a estratégia discursiva do PT em 2010 vai focar na transferência de voto por avaliação de governo. Ou seja, continuísmo.

Lidiane Abreu

Lidiane Abreu

Estudante do curso de Licenciatura em História (UFCG) e redatora do portal Diário do Sertão.

Contato: [email protected]

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Lidiane Abreu

Estudante do curso de Licenciatura em História (UFCG) e redatora do portal Diário do Sertão.

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