Revalida sim, vetar não!
Pergunte a um homem que mora no sítio no meio do mato, distante 600 quilômetros da capital mais próxima, sofrendo dores renais de madrugada, se ele tem problema em ser atendido por um médico cubano na falta de um médico brasileiro. (Trecho de um artigo do Blogueiro Luís Tôrres).
Pois bem, o movimento "REVALIDA", alusão a investidura do governo brasileiro em contratar médicos de Cuba, já destoa como um movimento corporativista, com viés de resistência, xenofobia e já se transforma em bandeira política sem substância plausível a ser defendida pela simples questão: QUEM ESTÁ SOFRENDO COM UMA DOR, PRECISA DE UM MÉDICO OU DE UM CONTERRÂNEO?
Ao tempo em que muitas pessoas em qualquer parte do mundo necessitam de um singelo atendimento médico, eis que o mundo inteiro começa a ver com bons olhos o MSF – Médicos Sem Fronteira. Movimento médico humanitário, não governamental e sem fins lucrativos, que oferecem assistência e tratamento médico gratuito, priorizando os países mais famigerados, devastados por guerras, pela miséria e pela baixa expectativa de vida.
Nos mais longínquos municípios do Brasil falta esse profissional. A saúde no Brasil é paupérrima. O SUS é um caos generalizado! Enquanto a rede privada é um faz de conta medíocre, uma enganação, uma desfaçatez!
O Brasil precisa muito, mas muito mesmo, que venham médicos de Cuba e de qualquer outro país, para atender a demanda reprimida existencial. Claro que é necessário que esses médicos passem por um processo de avaliação, treinamento e de reconhecimento das normas. Afinal, cada país tem seus normativos, procedimentos que devem ser observados e considerados, prevalecendo assim, a cultura, os hábitos e costumes.
Propor o REVALIDA, é uma forma de obstacular a vinda dos médicos estrangeiros, e o Brasil, assim como a Coréia do Norte não pode ser uma nação fechada ao resto mundo.
O que seria da área técnica no Brasil, se não fosse a influência alemã, francesa, americana, japonesa e inglesa na nossa indústria de energia, naval, o setor produtivo nacional? Enfim. A experiência estrangeira no Brasil sempre foi bem sucedida e contribuiu muito com a evolução econômica nacional em todos os setores.
Esse movimento reacionário não tem o menor apoio da população que sofre com uma dor dilacerante, pela simples razão: A cura da doença não está atrelada a nacionalidade do médico.
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