Só pensam naquilo

Você já deve ter ouvido prefeitos, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e vereadores afirmando que 2013 é um ano especialmente administrativo, e que política partidária só em 2014, ano das próximas eleições, não é mesmo? Esse blá, blá, blá, como se diz, é pura cascata desses senhores.

Político só pensa em política e age administrativamente em virtude dela. Nada que um político faz está dissociado de sua condição eleitoral. Por mais que neguem, é assim que raciocinam e agem nossos representantes.

De tal sorte que 2014 começou politicamente, na verdade, tão logo apurados os votos de 2012. E 2016 sequer aguardará as urnas de 2014; ao contrário, joga ‘luzes’ sobre ela.

Explico: quando da eleição dos novos prefeitos, já ali ‘nasciam’ as pré-candidaturas oficiais para deputados, ou seja, com a eleição do(a) prefeito(a) X ou Y, já se podia identificar quem seria ou quem seriam os candidatos governistas à vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. 

Acontece, porém, que as previsões e perspectivas para esses pré-candidatos a 2014 precisam se compatibilizar com as eleições 2016, quando muitos dos atuais prefeitos buscarão suas reeleições. Assim, a eleição de 2014 tanto influencia a de 2016, como esta àquela.

Trocando em miúdos, os atuais gestores municipais estão com um olho em 2104, quando terão candidatos, e outro em 2106, quando precisarão de apoios, para não criarem dificuldades para si próprios. Afinal, um apoio inconsequentemente declarado para 2014 pode armar desde agora o palanque oposicionista, reforçado, de 2016. 

Falando o português claro e exemplificativo, o grupo da prefeita de Cajazeiras, Denise Albuquerque (PSB) terá que agir com equidade nos apoios a deputado estadual se não quiser fortalecer contra si o palanque oposicionista de 2016, quando ela buscará a reeleição.

Assim, Fabiano Gomes (PPS), Jeová Campos (PT) e José Aldemir (PEN), merecem e precisarão ser apoiados igualmente pela prefeita e seu grupo. Só isso é que manterá unida sua base eleitoral em 2016. De outra forma, havendo privilégios e favorecimentos para um em detrimento de outros, se estará não só antecipando o palanque oposicionista de 2016, como fortalecendo-o!

Esse é só um exemplo. A nível federal e estadual é a mesma coisa: eles negam política em 2103, mas só pensam naquilo!

S O L T A S

*Abro diariamente meu bol e deparo-me com inúmeros e-mail´s de Secretarias de Comunicação de vários órgãos e municípios paraibanos, a exemplo de Santa Rita, Cabedelo, Campina Grande, Sousa, TCE, TJPB, entre outros. Mas até agora não chegou nenhum da Secretaria de Comunicação de Cajazeiras!

*Sem querer polemizar mas…, sinceramente: pra que tem servido associações como AMASP e AVASP?

.  A informação é de que a demora na inauguração da UPA em Cajazeiras deve-se, em parte, a negativa da Prefeitura em aceitar administrá-la, como acontece em todo o Brasil. Com a palavra a edilidade!

*Por falar em saúde, está mais que na hora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) realizar concurso público para os cargos existentes no Hospital Universitário de Cajazeiras. Até agora quem está arcando com os custo de sua manutenção é a prefeitura cajazeirense!

*Neste domingo o Trem das Onze entrevista o Secretário de Controle da Prefeitura de Cajazeiras, Joaquim Alencar. 

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Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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