Mega Operação prende diretor, ex-diretor e cinco agentes de presídio Regional do Sertão

Uma operação policial prendeu nesta quarta-feira (21), no Sertão do Estado, o diretor do presídio de Patos, Dimítrios Dias Mendonça, o ex-diretor Estênio Dantas e mais cinco agentes penitenciários. Na operação, denominada de Hidra, participaram cerca de 250 policiais da Paraíba e Pernambuco, que cumpriram 23 mandados de prisões.

De acordo com informações, a quadrilha havia criado um tipo de cartel de drogas para comandar o tráfico de dentro das penitenciárias.

O objetivo da ação foi combater o esquema de tráfico de drogas em municípios da região sertaneja que seria comandando de dentro das celas do Presídio Regional Romero Nóbrega, em Patos. Os suspeitos foram encaminhados para o presídio de segurança máxima PB1, em João Pessoa.

No vídeo é possível ver o diretor escoltando detentos do regime fechado em carros da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. Os presos, segundo a polícia, seriam alguns dos líderes do esquema de distribuição de drogas. A matéria foi destaque no Jornal Hoje da Rede Globo de Televisão. Pelos menos 22 pessoas já estão presas. Veja vídeo do JH clicando aqui!

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De acordo com o delegado Rodrigo Santa Cruz, do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, o atual diretor do presídio de Patos e um agente penitenciário foram detidos em João Pessoa. "Eles participavam de um evento e quando estavam indo para Secretaria foi dada a voz de prisão", disse o delegado. Dois irmãos que estão detidos no presídio de Patos são apontados pela policia como os chefes da organização criminosa, denominada de O Cordão, responsável pelo tráfico de drogas na região de Patos (PB) até São José do Egito (PE). De acordo com o delegado Rodrigo Santa Cruz, o diretor e os agentes penitenciários são suspeitos de receberem propina para facilitar a entrada de drogas, celulares, bebidas alcoólicas e de mulheres no presídio. "Eles também facilitavam a saída e entrada dos presos", disse o delegado.

A operação foi realizada com a participação de cerca de 250 policiais civis e militares, que fizeram buscas nas cidades de Patos, São Bento, São José de Piranhas e Teixeira, na Paraíba, além de São José do Egito, em Pernambuco.

Como funcionava
As buscas começaram na manhã desta quarta-feira (21) nas cidades de Patos, São Bento, São José de Piranhas e Teixeira, na Paraíba, além de São José do Egito, em Pernambuco. Conforme a polícia, a organização criminosa atuava distribuindo drogas originárias da Bolívia e do Paraguai para cidades da Paraíba e de Pernambuco. O esquema seria comandado por um presidiário de Patos, com a conivência e facilitação do ex-diretor e da atual direção do Presídio Regional Romero Nóbrega, além da participação de cinco agentes penitenciários.

A polícia e o Ministério Público também apuram o uso de carros oficiais da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária na escolta de presos do regime fechado, que teriam sido levados por funcionários de presídios para administrar o tráfico junto a grupos criminosos em bairros. Ainda é investigada a participação de pessoas em São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Envolvidos sofriam atentados, diz polícia
De acordo com as Polícias Civil e Militar, o grupo também atuaria nas execuções de pessoas que tentavam denunciar o esquema. Uma das vítimas seria um detento preso na Operação Laços de Sangue. Ele foi detido no Rio Grande do Norte e supostamente integrava grupos de pistoleiros comandandos por famílias do Sertão paraibano.

O presidiário morreu no dia 7 de outubro de 2011, durante um incêndio na enfermaria do Presídio Regional de Patos. A Secretaria de Segurança e Defesa Pública da Paraíba determinou a abertura de uma sindicância para apurar se o incêndio foi criminoso ou acidental, porém o resultado não foi divulgado.

No mesmo mês, o então diretor do mesmo presídio onde aconteceu o incêndio sofreu um atentado e teve o carro atingido por mais de dez tiros. Na época, a Polícia Civil afirmou que a tentativa de homicídio tinha relação com a Operação Laços de Sangue, porém a Segurança Pública apura o envolvimento do ex-diretor no esquema de facilitação de tráfico de drogas.

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DIÁRIO DO SERTÃO com G1PB
 

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