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PF afirma não ser de sua competência apurar chacina de adolescentes

Segundo a Policia Federal, as atribuições de apuração da Chacina que chocou a Paraíba, cabe a Polícia Civil, por se tratar de um crime que não causou repercussão interestadual.

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12/07/2009 às 22h20

A chacina que vitimou três adolescentes cajazeirenses em maio de 2004, dá evidências que não será elucidada. Segundo o Juiz da 1ª Vara das Execuções Penais de Cajazeiras, Dr.José Djacy Soares Alves, a Corregedoria Geral da Policia Federal, através do Coordenador Geral de Correições, André Shigueyuki Koganemaru, informou a Justiça cajazeirense, que a PF não tem competência juridica de investigar os barbaros cirmes.

Para o Delegado da Policia Federal, a circustância de os corpos terem sido encontrados em Ipaumirim-CE, configura mero exaurimento da infração penal, mas não caracteriza repercussão no Estado do Ceará que exija repressão uniforme. Para André Shigueyuki, só se evidenciaria em um crime que caberia a ação da Policia Federal, caso tivessem sido praticados diversos homicídios, tanto na Paraíba, como no Ceará, poder-se-ia falar em repercussão interestadual, o que contudo, não se aplica ao caso da chacina dos adolescentes de Cajazeiras.

Passados 05 anos do bárbaro ato praticado contra a vida dos 03 adolescentes que naquele domingo 09 de maio de 2004, dia das mães, foram brutalmente executados por “milícias armadas” que, agindo como justiceiros, puseram fim à vida de José Filho (14 anos), Demétrio Cavalcanti (17 anos) e Cícero Roberto (17 anos), as autoridades judiciais e policiais de Cajazeiras precisam dar uma resposta a sociedade, ou solicitar de uma vez por todas o arquivamento de mais um processo que apura crimes, que causaram repercussão no estado, a exemplo de vários que ocorreram e que até hoje não se sabe os criminosos.

A forma de execução dos adolescentes pelos requintes, de crueldade, seguida de torturas e outras formas de violência, desencadeou, no povo paraibano uma profunda indignação diante de tamanha atrocidade.

A chacina ganhou uma grande repercussão dentro dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigava a Ação do Crime Organizado no Congresso Nacional, mais até o momento nada foi evidenciado e é apenas mais uma dentre as centenas de crimes, sem resposta e sem punição dos envolvidos.

Da Redação do Diário do Sertão

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