VÍDEO: Cuidador de animais cita fatores que levam a ataque de felinos; especialista comenta caso “Vaqueirinho”
Durante a entrevista, Miranda explicou como funcionam os comportamentos de grandes felinos e por que a confiança humana pode se tornar um risco nesses ambientes
O tratador e especialista em comportamento animal, Gilberto Miranda, participou nesta quinta-feira (04) do programa Nossa Gente, apresentado por David Edson, na TV Diário do Sertão. Na ocasião, o profissional comentou sobre o trágico caso da morte de Gerson de Melo Machado, conhecido como “Vaqueirinho”, que foi atacado por uma leoa após ter invadido o recinto do animal no Parque Arruda Câmara, a Bica, em João Pessoa, no último domingo (30).
Durante a entrevista, Miranda explicou como funcionam os comportamentos de grandes felinos e por que a confiança humana pode se tornar um risco nesses ambientes.
Excesso de confiança: “Só morre afogado quem sabe nadar” – Gilberto Miranda fez uma analogia com afogamentos e ressaltou que geralmente, as pessoas pecam por excesso de confiança: “Eu sempre digo que só morre afogado quem sabe nadar. Quem não sabe, não tem coragem e não entra na água. Mas quem sabe, às vezes desperta uma autoconfiança excessiva — e acontece o pior.”
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Segundo ele, essa lógica também se aplica ao trato com animais selvagens. A convivência diária pode levar profissionais ou visitantes a subestimarem os riscos, acreditando que dominam completamente o comportamento do animal.
“Não se pode confiar totalmente num animal”
O especialista enfatizou que, mesmo treinados, felinos continuam sendo animais de comportamento imprevisível: “A gente não pode confiar totalmente num animal. Ele tem o momento dele, assim como nós. Pode estar mal naquele dia, com dor de barriga, cansado, enjoado…”
Miranda explicou que mudanças mínimas no humor ou no estado físico de um felino já são suficientes para alterar reações no animal.
Erro comum: manipular o felino quando está de barriga cheia
Um dos pontos destacados pelo tratador é a crença equivocada de que o animal está mais dócil após se alimentar: “Outro erro das pessoas é achar que se deve mexer com ele quando está de barriga cheia. Muito pelo contrário. Quando ele come, quer apenas digerir, descansar. Não quer andar, não quer ser tocado, não quer nada.”
De acordo com Miranda, esse momento é especialmente delicado, pois qualquer incômodo pode desencadear uma reação agressiva.
Como os profissionais trabalham com grandes felinos
Para reduzir riscos, Gilberto explicou que a interação com esses animais deve seguir protocolos rigorosos: “A gente procura andar com o animal, tirar, mexer com ele ao longo do passeio, e vai alimentando aos poucos. O alimento funciona como atrativo, mas nunca podemos facilitar com grandes felinos.”
Clique aqui e saiba mais sobre Gilberto Miranda.
O programa Nossa Gente vai ao ar todas as quintas-feiras, das 11h ao meio-dia, na TV Diário do Sertão, sob apresentação de David Edson.
Veja a edição completa do Nossa Gente desta quinta-feira (04):
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